Ex-vereador é novo chefe de Gabinete de Maggi
O ex-vereador por Rondonópolis, José Márcio Silva Guedes, é o novo chefe de Gabinete do governador Blairo Maggi. Filiado ao PR, ele foi derrotado à reeleição nas urnas de outubro do ano passado, quando tentou o terceiro mandato. Tido como bom articulador e ex-militante do PMDB, Zé Márcio passa agora a ocupar cargo estratégico no Palácio Paiaguás. Vai cuidar da agenda e auxiliar de perto o governador. Maggi o convidou e, prontamente, o ex-parlamentar aceitou a missão. A posse deve ocorrer até a próxima semana.
Zé Márcio conquistou seu primeiro mandato de vereador por Rondonópolis, em 2000, com obteve 1.810 votos, pelo PMDB. Ele era um dos aliados do ex-governador e hoje deputado federal Carlos Bezerra, presidente regional da legenda peemedebista. Em 2004, Zé Márcio reconquista o mandato, desta vez com 2.644 votos, também pelo PMDB. Depois, migra para o PR e reforça a base do ex-prefeito Adilton Sachetti (2005/2008), derrotado à reeleição no embate com o peemedebista Zé do Pátio.
Já em outubro do ano passado, Zé Márcio, sufocado pela "pesada" coligação do PR, foi reprovado nas urnas. Teve 2.527 votos e ficou como primeiro suplente do PR que "abocanhou" 6 das 12 cadeiras de vereador. Zé Márcio tem 44 anos. É goiano de São Simão, possui ensino médio completo e mora em Rondonópolis há vários anos.
No Palácio Paiaguás, ele será o terceiro a ocupar a Chefia de Gabinete do governador Maggi, que tomou posse em janeiro de 2003. Antes, tiveram no cargo dois militares que hoje são secretários de Estado. Primeiro foi o major Eumar Novacki, que comanda a Casa Civil e, depois, o tenente-coronel Alexander Maia, agora secretário-chefe da Casa Militar.
(Às 19h) - Zé Márcio é crítico da administração Pátio
Zé Márcio Guedes se transformou em crítico ferrenho à gestão do seu ex-aliado do PMDB, o hoje prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio. A nova administração chega a levantar suspeita de que o futuro chefe de Gabinete do governador tenha articulado invasões de terras públicas logo na primeira semana do governo peemedebista. As áreas ocupadas, por exemplo, no Parque São Jorge e Sítio Farias integram a região do Jardim Atlântico, uma das principais bases eleitorais do ex-vereador.
Zé Márcio considera absurda a insinuação de que estaria fomentando invasões sob orientação do Palácio Paiaguás. "Estou acompanhando essa história das invasões pela imprensa. Não tenho nenhuma informação sobre quem está liderando isso", esquivou-se. Destaca ainda que tem ficado alheio ao governo Pátio.
Apesar disso, considera que as quatro invasões (uma delas já foi desocupada) são motivadas pela expectativa da população sem moradia criada pelo prefeito. "Esse perfil popular do novo governante criou expectativa, assim como aconteceu no início do governo Lula, com várias invasões de terras". Na opinião do novo chefe de Gabinete do Paiaguás, o prefeito Pátio, para manter a linha popular, acaba tomando decisões populistas. Ele teme que, assim como ocorreram invasões em áreas públicas, ambulantes possam voltar a ocupar as calçadas na região central. "O que preocupa é que o contraste é grande, entre o perfil do Sachetti (ex-prefeito) e do seu sucessor. A coisa não pode descambar para aquela velha prática de que o poder público é a mãezona".
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