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Politica Brasil
Quarta - 14 de Janeiro de 2009 às 10:16
Por: Antônio de Souza e Bruno Garci

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A disputa interna no Partido da República, pela condição de candidato à sucessão do governador Blairo Maggi, ganha novos contornos. A briga entre diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, e o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo, parece conduzir a sigla governista para um racha que só deve favorecer os adversários. O PSDB do prefeito Wilson Santos, segundo analistas, é o maior interessado no desfecho dessa contenda.

O deputado Sérgio Ricardo já é visto como "dissidente" no ambiente republicano, uma vez que não se rendeu aos caprichos de alguns líderes do PR - como o próprio governador Blairo Maggi -, que praticamente estão impondo o nome de Pagot como candidato natural à sucessão estadual em 2010. O parlamentar insiste em que a candidatura republicana tem que ser construída com muito diálogo e de maneira consensual.

O problema é que as pregações do presidente da Assembléia não são levadas a sério por alguns dos seus próprios companheiros de partido – em especial, integrantes da cúpula. Como, por exemplo, o secretário-geral do Diretório Regional, Emanuel Pinheiro, que, embora defenda uma discussão interna para resolver a questão, deixa transparecer claramente a preferência pelo nome do diretor-geral do DNIT.

Em público, Blairo Maggi não esconde a preferência por Pagot e costuma afirmar, com todas as letras, que seu ex-secretário de Transportes e de Educação e ex-chefe da Casa Civil é “o nome do PR” – como se a decisão pela escolha do candidato à sua sucessão fosse uma prerrogativa, como chefe do Executivo estadual.

Durante visita às obras em Várzea Grande , acompanhando Maggi e o prefeito Murilo Domingos, na manhã desta terça-feira (13), o deputado federal Homero Pereira (PR) colocou mais lenha na fogueira, assumindo publicamente seu apoio à pré-candidatura de Pagot. Em entrevista ao MidiaNews, ele foi mais longe ao desqualificar o presidente da Assembléia: “Sérgio Ricardo brinca de fazer política. Um exemplo é a decisão de sair candidato a prefeito [de Cuiabá] e, depois, recuou da pretensão. Fazer política é coisa séria”.

Para Homero, não se pode tirar o direito e a legitimidade de Sérgio Ricardo colocar seu nome como pré-candidato ao Palácio Paiaguás, mas, segundo ele, falta “bagagem política” ao presidente do Legislativo para pensar em ser governador de Mato Grosso. “Tem que ter histórico para ser candidato. Por esse e outros motivos, defendo o nome de Pagot ao Governo. Esse é o candidato para valer”, declarou o deputado.

De outro lado, o parlamentar republicano disse que, o quanto antes o PR definir um nome, melhor será para a sigla viabilizar seu projeto eleitoral para 2010. “O PR precisa construir uma unidade em torno de um nome, pois o desgaste é natural. São oito anos no poder”, disse Homero, que garantiu não temer o efeito da Era Dante, quando, após a reeleição de Dante de Oliveira, os tucanos não conseguiram se manter no Poder.

Sem direito

Na segunda-feira (12), em entrevista Rádio Cidade , o diretor-geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot reafirmou sua pré-candidatura ao Governo do Estado e disse que isso era possível em função da lealdade ao governador Blairo Maggi e ao PR.

Para não fugir à regra, Pagot disparou contra seu principal adversário na disputa pela candidatura, Sérgio Ricardo, afirmando que o deputado pouco contribuiu com o partido nas eleições municipais de 2008. “Ele [Sérgio Ricardo] não tem o direito de exigir nada do partido”, afirmou.

O presidente da Assembléia Legislativa vão foi encontrado pela reportagem do MidiaNews para falar sobre o assunto.





Fonte: Midia News

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