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Politica Brasil
Quarta - 14 de Janeiro de 2009 às 09:06

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discutir nesta quarta-feira com o senador José Sarney (PMDB-AP) a disputa no Senado pelo comando da Casa. Lula decidiu dar prioridade às negociações em torno das eleições para a sucessão no Congresso, que ocorrerão no dia 2.

Para ele, a candidatura de Sarney é um elemento que complica as negociações com os demais partidos políticos da base aliada, mas não ameaça a campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) ao comando da Câmara.

Após a conversa com Sarney, Lula deve se reunir com a bancada peemedebista no Senado e com Temer.

Ontem, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse que Sarney deve aceitar a indicação do PMDB por ter sido estimulado por integrantes de seu partido.

"Às vezes, as pessoas são tão estimuladas que são levadas a mudar de posição", afirmou, sem entrar em detalhes sobre as razões que teriam convencido o peemedebista a recuar na ideia de não ser candidato.

Oficialmente, o governo manterá o discurso de defesa da candidatura do petista Tião Viana (AC) para a presidência do Senado até que o próprio anuncie sua decisão de abrir mão da candidatura. Com um discurso diplomático, Múcio evitou polemizar em torno do assunto e das dificuldades que envolvem o nome de Tião.

"Nós continuamos trabalhando com [a candidatura] de Tião Viana para a presidência do Senado", afirmou Múcio. "Nosso candidato ainda é o Tião", reiterou.

O ministro admitiu que ter dois candidatos do PMDB na disputa pelos comandos das duas Casas --Senado e Câmara-- dificulta as negociações. "O quadro ideal seria o Tião, no Senado, e o Temer, na Câmara. Não é uma situação cômoda", disse.

Múcio lembrou que a base aliada do governo é integrada por 14 partidos, dos quais PT e PMDB são os maiores, mas que nenhum deles pode ser prejudicado nas negociações pelos comandos do Congresso.

"Não podemos deixar nenhum deles em situação incômoda. Qualquer movimento mexe com o equilíbrio de forças, deve ser uma ação combinada."

Setores do PT ameaçam abandonar o apoio à candidatura de Temer, caso o PMDB insista em lançar o nome de Sarney à presidência.





Fonte: Folha Online

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