De R$ 7 milhões, PAC Pantanal "executou" somente R$ 200 mil
É atraso que não acaba mais. Dos R$ 7 milhões autorizados pela Caixa Econômica Federal (CEF), apenas R$ 200 mil em obras foram executados dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Mato Grosso. Especificamente, do PAC Pantanal. A empresa Augusto Velloso/Tejofran, de São Paulo, uma das vencedoras da concorrência, deverá apresentar na próxima segunda-feira um relatório indicando os motivos do atraso na execução do programa. “Estamos preocupados com a execução do PAC Pantanal” – disse o secretário de Infra-Estrutura do Estado, Vilceu Marchetti. As obras estão autorizadas desde 2008.
De acordo com o secretário, as obras do PAC Pantanal foram divididas em três lotes, entre as empresas do Estado de São Paulo, Augusto Velloso/Tejofran (R$44.773.663,65), de Goiás Engeform/Passarelli (R$23.741.783,70) e do consórcio cuiabano, Sanear (R$45.863801,92). Marchetti explicou que existe um teto de investimento já garantido de R$ 124 milhões, ou seja, como as empresas contratadas em licitação alcançaram R$ 114 milhões, a capital poderá contar com um aditivo em obras no valor de R$ 10 milhões.
Os recursos para execução das obras são liberados conforme são apresentados os planos de trabalho de cada empresa junto à Caixa Econômica. O consórcio paulista foi a primeira a ter parte dos recursos disponíveis, ainda em julho. A segunda liberação financeira pela Caixa aconteceu no dia 24 de novembro de 2008 para o consórcio mineiro, no valor de R$ 9,3 milhões. “Os responsáveis por estas empresas disseram que estão em fase de aquisição de materiais e tubulações. Ainda há tempo para eles trabalharem”, ressaltou Vilceu. Quanto ao último consórcio, ainda está em análise em Brasília a liberação.
“O Governo do Estado e Federal entendem que é uma das obras mais importantes em Mato Grosso. Ela vai cuidar da parte sanitária da capital protegendo as águas da bacia pantaneira. O Estado está dando toda a contrapartida financeira necessária e tem o dever de fiscalizar” – frisou o secretário, que, nas ultimas semanas se envolveu em pesados bate-boca com o prefeito de Cuiabá,Wilson Santos, a cerca do assunto.
Marchetti diz que o Governo, como um dos investidores, está preocupado com o ritmo em que as obras estão avançando. Caso permaneça no atual andamento, pela terceira vez consecutiva, Cuiabá deixará de receber recursos para investimentos em Infra-estrutura, comenta Vilceu. A pasta havia reservado R$ 4,5 milhões em 2007, e outros R$ 4,5 milhões em 2008 que não foram aplicados na capital devido as obras do PAC não terem sido realizadas.
Em 2009 a capital tem por parte do Estado outros R$ 4,5 milhões.
Hoje pela manhã, o vice-prefeito da capital de Mato Grosso, Chico Galindo, se reuniu com o secretário chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, para tentar acabarcom as rusgas entre o grupo do governador Blairo Maggi e do prefeito Wilson Santos, A missão de Galindo era para apaziguar os ânimos, foi levando a mensagem do “deixa disso”. O vice-prefeito e Novacki têm um bom relacionamento, mas a relação entre o Executivo Estadual e o Municipal está mesmo estremecida. De certa forma o objetivo foi cumprido. O próprio prefeito anunciou que fará uma visita ao secretário para acabar com as diferenças.
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