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Agronegócios
Quinta - 08 de Janeiro de 2009 às 15:56

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Alto custo de produção, dificuldades de financiamentos e queda no preço da pluma são são os desafios do produtor.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulgou hoje o terceiro prognóstico da produção de algodão em caroço. De acordo com o estudo a previsão é de 3,4 milhões de toneladas em 2009, contra 4,0 milhões de toneladas obtidas em 2008 (-15,1%). Conforme observado em relatórios anteriores, a redução na produção ocorreu, principalmente, pela diminuição da área plantada, em face dos altos custos de produção, dificuldades de financiamentos e das baixas cotações da pluma. Todas as Unidades da Federação registram declínio no cultivo, sendo que o Mato Grosso, principal produtor (48,9% da produção nacional), reduziu em 20,9% a área a ser colhida e em 20,4% a produção esperada.

Safras de soja e milho também vai cair

Para a safra 2009, a produção esperada de arroz é de 12,2 milhões de toneladas, superior em 0,5% à obtida em 2008. Este ganho se deve, especialmente, ao Rio Grande do Sul, principal produtor, que mostra um incremento de 2,7% na produção esperada e 2,6% na área.

O estado de Mato Grosso, principal estado produtor de arroz no Centro-Oeste, apresenta um incremento na área de 1,4%. O fato é decorrente das atuais boas cotações do produto e oportunidades de exportação recentemente verificadas. Além disso, o arroz tem custo de produção inferior ao da soja, conta com variedades produtivas adaptadas ao cultivo de sequeiro e as condições meteorológicas se apresentam favoráveis.

Em Santa Catarina registram-se perdas de 1,7%, com as chuvas excessivas (com enchentes, alagamentos e desmoronamentos) nas microrregiões de Joinville, Blumenau, Itajaí e Jaraguá do Sul. Esses dados deverão ser revistos nos próximos levantamentos.

Para a produção nacional de feijão 1ª safra em 2009, os levantamentos realizados em dezembro apontam para uma produção de 1,8 milhão de toneladas, superando em 13,9% a alcançada em 2008 (1,6 milhão de toneladas). Comparativamente ao prognóstico anterior, a estimativa caiu 6,9% e novas informações dos três estados sulinos indicam que a estiagem na região oeste e as chuvas excessivas no litoral determinaram esta redução.

Com relação ao milho 1ª safra, espera-se uma produção de 35,2 milhões de toneladas, inferior em 11,9% à observada em 2008, devido à retração na área total plantada (3,2%), como também, a menor expectativa de rendimento (11,0%), passando de 4.244 kg/ha para 3.779 kg/ha. A exemplo do ocorrido com o feijão, a estiagem causou prejuízos nos principais pólos produtores. Os elevados custos de produção, a baixa cotação do produto e os estoques existentes também contribuíram para uma menor área cultivada.

O terceiro prognóstico de soja amplia a tendência de queda do produto. Para 2009, a produção esperada de 58,8 milhões de toneladas cairá 1,9% em relação a 2008. A área a ser colhida (21,4 milhões de hectares) crescerá 0,4%, enquanto o rendimento (2.753 kg/ha) cairá 2,3%. Frente ao prognóstico anterior, houve uma redução de 1,7% na produção, em face das perdas no Paraná (-7,5%), Santa Catarina (-3,0%) e Mato Grosso do Sul (-3,7%).

Para os grãos, de uma maneira geral, na Região Sul, as condições climáticas, com a falta de chuvas, provocaram a diminuição da produção esperada. Contribuiu para esta queda a menor utilização de fertilizantes.

Safra nacional será menor em 2009

Em dezembro, o terceiro prognóstico para a safra de 2009 estimou uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 137,3 milhões de toneladas, 5,9% menor que a obtida em 2008, e a área a ser colhida deverá ser de 47,6 milhões de hectares, 0,8% superior à de 2008 (47,2 milhões de hectares).

Os dados do terceiro prognóstico para 2009 são compostos por 77,3% de observações de campo e 22,7% de projeções. Os valores levantados nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia foram somados às projeções obtidas a partir das informações de anos anteriores para as Unidades da Federação que, por força do calendário agrícola, ainda não dispõem das primeiras estimativas.





Fonte: Redação TVCA

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