Em Chapada, Daltro "herda" dívida milionária; Saúde vive caos
O novo prefeito de Chapada dos Guimarães, Flávio Daltro (PP), "herdou" uma verdadeira "bomba" do antecessor Gilberto Mello (PR), derrotado à reeleição. Segundo o progressista, só para a Rede/Cemat o município deve nada menos que R$ 1,8 milhão. "Desde 2007 ele (Gilberto) não paga a conta de energia", reclama Daltro. Já para os funcionários da saúde, a prefeitura deve cerca de R$ 150 mil referentes a 6 meses de salários atrasados. Daltro adianta que vai acionar o ex-prefeito judicialmente.
"O município vive um caos. Estamos trabalhando sem parar e priorizando a Saúde que estava na UTI e agora morreu de vez", dispara o prefeito. O mais grave, segundo ele, é que a equipe da gestão anterior apagou todos os documentos arquivados nas CPUs dos computadores da prefeitura. Daltro conta que já montou uma comissão com vistas a investigar todas as falhas administrativas de um modo geral. "Vou tomar alguma medida só depois que essa comissão concluir o relatório final". A equipe é presidida pelo controlador do Município, Pedro Aparecido.
O prefeito pretende criar agora um novo banco de dados juntando informações com os servidores antigos. Por causa disso, o município não está arrecadando, já que o sistema informatizado não funciona. Flávio Daltro, que assumiu a prefeitura há exato uma semana, conta que é uma lástima a quantia de dívidas deixadas por Gilberto Mello. "Toda hora tem um cobrador aqui (prefeitura). Só que ainda não dá para ter noção do valor dessas dívidas". Além disso, o ex-prefeito encerrou as 146 contas bancárias que o município possuía.
Saúde
O secretário de Saúde e vice-prefeito Elias Santos (PMDB), irmão do prefeito cuiabano Wilson Santos, reforça as críticas à gestão Gilberto Mello. Segundo ele, o ex-prefeito desativou, logo após a eleição, quatro unidades do Programa Saúde da Família, localizados na zona rural. Agora, só dois estão em funcionamento. "Temos que reativá-los urgentemente". Santos conta ainda que os veículos que transportam os profissionais da área da saúde para a zona rural estão numa situação precária.
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