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Meio Ambiente
Quarta - 07 de Janeiro de 2009 às 14:19

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O Sol entrará em um período de menor atividade, o que pode expor astronautas a um maior perigo, diz um estudo suíço publicado pela revista NewScientist.

A capacidade que o Sol tem para proteger o Sistema Solar dos raios cósmicos mais prejudiciais poderia diminuir no início da próxima década, diz o artigo.

Além de seu ciclo de 11 anos de manchas e labaredas solares, a atividade solar experimenta outro tipo de mudanças que podem durar inclusive décadas.

O Sol está atualmente em um período de máxima atividade, que dura quase um século, e não se sabe exatamente quando vai terminar.

Para tentar esclarecer isto, uma equipe comandada por José Abreu, do Instituto Federal de Ciências Aquáticas e Tecnologia da Suíça, analisou 66 períodos de grande atividade durante os últimos dez mil anos.

Os especialistas estudaram os níveis flutuantes de isótopos raros, como o Berílio-10, nas geleiras da Groenlândia. Estes isótopos são produzidos quando os raios cósmicos destroem os núcleos dos átomos de oxigênio e nitrogênio na atmosfera terrestre.

A produção destes isótopos alcança seu ápice quando cai a atividade solar, pois um vento solar mais fraco deixa que entrem mais raios cósmicos no Sistema Solar.

Baseando-se na duração de períodos passados de grande atividade e no fato de que o atual já durou 80 anos, a equipe suíça calcula que a duração provável deste último será de 95 a 116 anos, sendo o primeiro número o mais provável.

Mesmo que diminua um pouco a luminosidade solar durante as próximas décadas, devido a esta menor atividade, a influência que pode ter na mudança climática será mínima, declara Nigel Weiss, da Universidade de Cambridge e membro da equipe de pesquisa.

Os mais atingidos provavelmente serão os astronautas - além do campo magnético protetor da Terra - pois sua exposição a um aumento dos raios cósmicos que entrarão no Sistema Solar devido ao enfraquecimento do vento solar poderia causar câncer e infertilidade.

Entretanto, outros cientistas, como David Hathaway, do Marshall Space Flight Center da Nasa em Huntsville, no Alabama, se mostram mais céticos sobre a possibilidade de prever quando o Sol entrará neste período de menor atividade.





Fonte: EFE

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