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Economia
Terça - 23 de Dezembro de 2008 às 18:31
Por: Flávia Albuquerque

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São Paulo - O crédito a ser concedido em 2009 pelos bancos deverá ficar abaixo dos números registrados em 2008, de acordo com estimativas da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Segundo os dados da Pesquisa de Projeções e Expectativas de Mercado, divulgada hoje (23) pela entidade, as operações de crédito devem ficar em 18,19%. O crédito para pessoa física deve ficar em 17,86% e para pessoa jurídica, 20,59%. A taxa de inadimplência deve ser de 4,88%. A pesquisa foi realizadas com 33 instituições financeiras ligadas à Febraban, que deve rever suas expectativas para dezembro, após a divulgação dos números do Banco Central, também feita hoje.

Os dados da pesquisa apontam ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - deve ser de 5,6% neste ano e de 2,56% em 2009. A produção industrial deve fechar 2008 com crescimento de 5,23% e para 2009, a expectativa é de 2,74%. As exportações devem atingir US$ 200,05 bilhões neste ano e US$ 178,74 bilhões em 2009. A estimativa para as importações é de US$ 175,59 bilhões em 2008 e de US$ 164, 44 bilhões no ano que vem. O investimento estrangeiro direto deve ser de US$ 36,21 bilhões este ano e de US$ 22,43 bilhões em 2009. A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75%, deve ficar em 12 % no próximo ano.

Segundo o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, a expectativa para o ano que vem está em linha com a piora do cenário econômico internacional, já que a economia mundial também deve crescer menos. “Se compararmos o que vai acontecer com o Brasil no próximo ano com a expectativa dos outros países temos um cenário muito positivo”, disse. Ele destacou que o crescimento menor das concessões de crédito também está associado ao que ocorre mundialmente. “Mas estamos falando em cima de uma base muito alta, porque vamos fechar esse ano com crédito crescendo acima de 30% e o crédito está na faixa dos 40% do PIB. Para o próximo ano há uma expectativa de ajuste para baixo”, explicou.

Sardenberg destacou que as medidas do governo têm ajudado bastante no sentido de garantir o patamar mínimo do crédito e evitar uma refração. Segundo ele, o fato de o Brasil já contar com uma trajetória melhor do que os outros países auxilia na defesa contra impactos maiores da crise econômica global. “O Brasil não teve problemas com seu sistema bancário como outros países e isso fez com que as operações de crédito não caíssem tão acentuadamente”, avaliou Sardenberg.

Na avaliação dele, os números de novembro divulgados pelo Banco Central são melhores do que os esperados, se considerados os rumores pessimistas que havia. “É um quadro mais complicado do que tínhamos antes, mas dentro desse cenário o comportamento foi bastante positivo”. Segundo ele, houve certa recuperação em novembro com relação a outubro e " a expectativa é a de que se tenha encontrado um patamar e que as coisas melhorem gradualmente daqui para frente”.





Fonte: Agência Brasil

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