Novo sistema do Inpe coloca MT na liderança da devastação da Amazônia
Um novo sistema criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que as áreas degradadas na Amazônia avançaram 24,9 mil quilômetros quadrados em 2008. A área é superior ao estado de Sergipe, e corresponde a locais onde a floresta foi parcialmente derrubada. Em relação à estimativa de 2007 – 14.915 km² degradados – houve um crescimento de 67%.
Batizado de Degrad, o sistema aponta que o estado que mais sofreu degradação florestal neste ano foi Mato Grosso, onde 12.534 km² de mata foram prejudicadas. Em seguida vem o Pará (7.708 km²) e Maranhão (3.978 km²). Os outros estados da Amazônia Legal tiveram menos que mil quilômetros quadrados degradados.
Segundo estudos do Inpe, a destruição parcial da floresta acontece quando madeireiros retiram as árvores de valor comercial, e é o primeiro passo para o desmatamento total, chamado de "corte raso". É no período em que a mata já foi parcialmente destruída que também acontece a maioria das queimadas. O instituto calcula que cerca de 13% da área degradada em 2007 foi completamente destruída em 2008.
Destruição total
Para medir a retirada parcial das árvores, o Degrad utiliza as mesmas imagens de satélite que o sistema Prodes, que detecta o corte raso na Amazônia desde 1988. Informações divulgadas em novembro pelo Inpe apontam que a destruição completa da mata atingiu 11.968 km² entre agosto de 2007 e julho de 2008, um crescimento de 3,8% em relação ao período anterior.
Degradação florestal na Amazônia (em km²) Estado 2007 2008
Mato Grosso 8.744 12.534
Pará 3.466 7.708
Maranhão 1.814 3.978
Rondônia 367 477
Roraima 118 77
Tocantins 137 66
Amazonas 180 65
Acre 89 27
Amapá - -
Total 14.915 24.932
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