Deputado sugere que governo revise dosagem de flúor na água
O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) sugeriu, na Câmara, que o governo federal revise a portaria que regulamenta a fluoretação dos sistemas de abastecimento de água no país. O deputado justifica que existem, no meio científico, questionamentos acerca da utilização do flúor, particularmente no seu efeito colateral mais freqüente e evidente, a fluorose (intoxicação), e até mesmo suspeitas de causar algum tipo de câncer.
"Até mesmo a eficácia de sua utilização foi posta em dúvida. Nações pioneiras na fluoretação afastaram-se dessa prática. Não promoveram a simples retirada da fluoretação, mas, sim, a substituição por meios mais eficazes, embora de custo maior", diz Bezerra.
Conforme o deputado, em vários países, especialmente da Europa, a oferta de flúor não tem mais como principal fonte os sistemas de abastecimento de água. Passaram a predominar outros meios, como as aplicações tópicas e o uso de pastas dentais com flúor.
Um dos meios mais importantes e eficientes para se e promover essa regulação no consumo, entende Bezerra, seria a imediata revisão das normas que regulam a dosagem do flúor adicionado à água de consumo coletivo.
A confirmação do papel do flúor na prevenção da cárie se deu em 1931. A adição de flúor às águas de abastecimento público, como estratégia de saúde pública para prevenir a cárie dentária, teve início com três estudos-pilotos em 1945 nos Estados Unidos e no Canadá.
Poucos anos depois, outros países adotaram esse método. A Suécia e Alemanha Ocidental em 1952, e o Brasil em 1953. Desde 1974, a fluoretação das águas é obrigatória no Brasil, onde exista Estação de Tratamento de Água.
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