Prefeitos cassados "brigam" para assumir cargos

Eleitos nas urnas, inclusive com votação esmagadora do eleitorado, agora enfrentam embates jurídicos na esperança de assumir mandatos eletivos. Nada menos que cinco consagrados nas urnas para prefeito se vêem na berlinda, dois deles com direitos políticos cassados pelos próximos três anos: Juarez Costa (PMDB), de Sinop, e Faustino Dias Neto (DEM), de Santo Antonio de Leverger.

Eles tiveram os registros cassados em primeiro grau. No caso do reeleito Faustino, a situação é mais delicada ainda porque ele recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral e teve pedido indeferido. De quebra, o juízo de primeiro grau o tornou inelegível por três anos. Isso significa que, em caso de nova eleição, o democrata estará proibido de disputá-la.

Dos cinco cassados, três são do PMDB: o sinopense Juarez; Vilmar Gianchini, de Cláudia; e Ronan Figueiredo, de Poxoréu. Os outros dois são Faustino e o petista Francisco de Assis dos Santos, o Diá (PT), de Ribeirão Cascalheira. O deputado estadual Juarez Costa disputou o pleito com Paulo Fiuza (PV) e obteve 70% dos votos válidos. Chegou a 34 mil votos, enquanto seu adversário ficou com 15 mil. O peemedebista acabou teve o registro cassado e ainda está com os direitos políticos cassados por três anos. É acusado de compra de votos, assim com os outros quatro.

No caso de Faustino, este se reelegeu com uma diferença de somente 18 votos sobre Glorinha Garcia (PP). Vilmar, de Cláudia (472 km de Cuiabá) disputou contra o tucano Altamir Kurten e venceu por uma diferença apertada. A acusação contra Vilmar é de compra de votos.

O juiz da 22ª Zona Eleitoral João Emanuel Pereira Guerra, que proferiu a sentença, ainda aplicou multa de R$ 10 mil ao peemedebista. Vilmar se defendeu, dizendo que o magistrado foi parcial em seu parecer. O petista Diá, procurador do Estado e eleito em Ribeirão Cascalheira, chegou a ser preso durante o período de campanha por desacato à autoridade e sob acusação de ter realizado propaganda eleitoral ilegal.

Diá disputou contra Adário Carneiro (DEM) e também contra Jeová Ferreira Silva (PSB). Venceu o pleito com 51,5% dos votos. Em Poxoréu, Ronan Fiqueiredo concorreu contra a progressista Jane Maria Sanches e se elegeu com 50% dos votos válidos. Seu registro foi cassado por captação ilícita de sufrágio.

Todos os cinco recorreram das sentenças e tentam revogar as decisões que os impedem, inclusive, de serem diplomados.