Vereadores presos por extorsão a prefeito podem não ser diplomados

Dois dos seis vereadores presos na cidade de Nova Bandeirantes, a 1.020 quilômetros de Cuiabá, acusados de extorsão ao prefeito Valdir Barranco, podem não ser diplomados nesta terça-feira. Adenilson Otênio, do PMDB; e Jeremias Menezes Baiocho, do Partido Progressista. Jeremias é o atual presidente do Legislativo. A solenidade de diplomação está marcado para às 20 horas. Os dois estão recolhidos à Delegacia de Nova Bandeirantes. Advogados dos dois tentam o relaxamento da prisão em flagrante.

Jeremias e Adenilson foram filmados recebendo R$ 50 mil do prefeito. O dinheiro foi exigido para que as contas do Executivo, mesmo com parecer favorável do Tribunal de Contas, fossem aprovadas pelo Legislativo. Eles receberam voz de prisão logo em seguida. Todas as negociações feitas por telefone foram gravadas com autorização judicial, a pedido do prefeito Barranco. Logo após o prefeito deixou a cidade.

Além dos dois reeleitos, participavam da extorsão os vereadores Sandro Roberto, o Fumaça, do PP; João Maroca, dos Democratas; Darci Vicentin, do PMDB e Joel Azevedo, do PT. O vereador Fumaça já havia sido preso em outra ocasião por agredir a esposa.

Caso consigam ser diplomados – o que lhes garante a posse no cargo de vereadores reeleito em janeiro próximo – Jeremias e Adenilson, no entanto, deverão ser submetidos a processos legislativos. Eles poderão ser cassados por falta de decoro parlamentar. Além disso, deverão continuar respondendo a ações de ordem criminal a serem movidas pelo Ministério Público Estadual, responsável pelo flagrante.