Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 15 de Dezembro de 2008 às 09:54
Por: Patrícia Sanches

    Imprimir


O prefeito eleito de Cláudia (a 472 km de Cuiabá) Vilmar Giachini (PMDB), o Vilmar da Matão, disse nesta segunda (15), em entrevista gravada, que o juiz da 22ª Zona Eleitoral, João Manoel Pereira Guerra, foi parcial ao cassar o seu registro. Ele assegura que não existem provas que incrimem-no e que o magistrado chegou a ponto de se basear em pesquisas de intenção de voto como um dos argumentos para tirar o direito ao registro e já convocar uma nova eleição no município. Na amostragem que, segundo o prefeito cassado, serviu de base para a decisão judicial, o nome do seu adversário Altamir Kurten (DEM) aparecia na liderança.

"O juiz não pode se embasar em uma pesquisa eleitoral para dizer que houve compra de votos. A gente fica constrangido com essa decisão do juiz. Ele não tem provas concretas e, mesmo assim, nos condena", argumenta Vilmar. João Guerra cassou o registro não só de Vilmar da Matão, mas também do vice-prefeito eleito Gilmar Spkolovski (PP) e do vereador Ebenezel Darby dos Santos, o Benézio.

O magistrado entendeu que houve captação ilícita de sufrágio (compra de votos). Além da cassação, os três foram condenados a pagar multa de R$ 10 mil cada. O peemedebista explica que as acusações são baseadas na compra de galões de tinta que teriam sido entregues a populares, configurando compra de votos, mas se defende: "não houve compra de votos. A oposição perdeu por 47 votos e não consegue aceitar", dispara.

Além de cassar o mandado de Vilmar da Matão, o magistrado convocou novas eleições. Ele se baseia no fato da chapa do peemedebista ter alcançado a 50,40% dos votos válidos, enquanto Altamir obteve 47,7%. "Ele (o juoz) pediu novas eleições, mas isso não vai acontecer até que o TRE julgue meu recurso. Isso deve acontecer somente em janeiro de 2009, após o recesso do tribunal".

Diplomação

A diplomação em Cláudia acontece nesta quinta (18), mas somente dos vereadores eleitos e os principais suplentes. No caso de prefeito e vice, a entrega do diploma fica para janeiro, após decisão do TRE sobre o imbróglio jurídico que se estabeleceu com a cassação da chapa Vilmar-Gilmar.

Enquanto isso, que vai comandar o município será o futuro presidente da Câmara Municipal, a ser eleito em 1º de janeiro, logo após a posse. Perguntado sobre quem vai ganhar a presidência da Câmara Municipal, Vilmar da Matão preferiu não declinar nome. "Isso ainda não foi definido. Estão conversando e logo saberemos quem será o novo presidente da Câmara e assumirá interinamente o cargo de prefeito".

Inconformado com a decisão do juiz, o prefeito eleito de Cláudia diz que espera que a vontade da população seja respeitada. "Acredito que vamos reverter essa situação. Acredito no TRE, nossa defesa mostra que não há provas contundentes. Temos que manter a vontade do povo", pondera o peemedebista. Ele contratou o advogado Almino Afonso, que já ingressou com recurso junto ao TRE, contestando a decisão de primeiro grau.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/168004/visualizar/