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Politica Brasil
Sexta - 12 de Dezembro de 2008 às 10:55
Por: Raoni Ricci

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As articulações políticas visando às próximas eleições de 2010 estão a todo vapor em Mato Grosso, em todas as esferas. Na Assembléia Legislativa, na Câmara de Vereadores, nas prefeituras e no próprio Palácio Paiaguás, onde a pressão promete ser maior. Os partidos aliados tentam encurralar o governador Blairo Maggi, pedindo cargos e secretarias, mas o cacique do PR, uma das legendas que saíram mais fortes do pleito de 2008, avisa que não vai ceder. O chefe do executivo estadual garantiu com todas as letras que não vai fazer nenhuma acomodação política em seu staff. “Se houver mudança será técnica, mas não política. Esse governo não é de acomodação, mas sim de ação”, enfatizou Maggi.

Desde o início de seu primeiro mandato o governador de Mato Grosso realizou diversas acomodações, cumprindo o compromisso assumido com os partidos que estiveram aliados. Foram para o governo os deputados estaduais Carlos Brito, João Malheiros, Joaquim Sucena, Ságuas Moraes e Chico Daltro, além dos cargos dentro das secretarias que cada sigla abocanhou. O DEM, por exemplo, possui mais de 200 e ameaça entregá-los. “Maggi já acomodou muita gente, se ele devia alguma coisa para algum partido isso foi cumprido. Agora é o momento de cautela para o governador, o momento em que ele deve focar suas ações para fazer um bom final de governo”, avalia um membro da “Turma da Botina”.

Nesse cenário, Maggi pode terminar o seu segundo mandato sem a forte aliança que construiu nos últimos anos. As relações com o DEM se enfraqueceram, principalmente depois das eleições municipais deste ano, e, como o falecido senador Jonas Pinheiro não está mais por aqui para “apagar o fogo”, dificilmente acontecerá uma reaproximação. O PP pode se afastar mais ainda, já que ensaia uma aproximação com o PSDB. O PMDB anda “chiando” e cobrando do chefe do Executivo Estadual que cumpra um acordo que teria sido firmado.

Segundo os peemedebistas, Maggi teria acordado que deixaria o governo em 2009 para que o vice, Silval Barbosa, assumisse. “Esse tal acordo nunca ficou claro. A aliança entre PR e PMDB nunca foi construída em cima dessa condição e os peemedebistas sabem disso”, esclarece uma pessoa próxima de Maggi. Por enquanto, o PT é o único aliado que se mantém fiel, até por que a proximidade e influência de Maggi com Lula é muito grande e produtiva. “O que está acontecendo é normal, ocorre em todo final de mandato. Quem não se lembra dos últimos dias do governo Dante de Oliveira, foi a mesma coisa, no final ele foi ficando sozinho”, ressaltou a fonte.

A realidade é que Maggi ainda não definiu o seu futuro político. O governador tem duas saídas. Pode disputar uma das duas vagas ao Senado federal que serão abertas ou até mesmo sair como vice em uma eventual chapa dos petistas, que deve ser encabeçada pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Mas nada está garantido. No momento, Blairo está procurando ganhar tempo para enfim decidir o caminho a seguir. Sozinho ou acompanhado.

Colaborou Rubens de Souza





Fonte: 24 Horas News

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