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Polícia Brasil
Sexta - 12 de Dezembro de 2008 às 07:14
Por: Adilson Rosa

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Menino de 6 e menina de 9 anos seriam vítimas de abuso de Antônio José Gomes, preso provisoriamente. Denúncia partiu de uma das crianças violentadas

Policiais da Delegacia da Defesa da Mulher de Várzea Grande prenderam ontem à tarde o montador de móveis Antônio José de Paula Gomes, de 31 anos, sob acusação de abusar sexualmente de dois filhos: um menino de 6 e uma menina de 9 anos. A prisão ocorreu na casa dele, no bairro Santa Luzia. O abuso foi denunciado em novembro, mas somente no início da semana é que a delegada Juliana Palhares recebeu o exame de conjunção carnal da menina comprovando a violência sexual. Antônio está com a prisão temporária decretada por 30 dias.

Segundo a delegada, a investigação começou após a avó materna das crianças ter procurado a delegacia denunciando o montador de móveis por maus-tratos contra o garoto. Ele foi ferido com uma machadinha que resultou num corte para o qual foram necessários cinco pontos. “A partir daí, chamamos as duas filhas, uma de 8 e outra de 9 anos para saber se elas foram agredidas também. Para a nossa surpresa, a filha mais velha denunciou o pai por abuso sexual”, informou.

Conforme o relato das meninas, o pai tomava banho constantemente com a filha mais velha, mas a filha de 8 anos disse que o pai nada fez contra ela. As duas, no entanto, foram unânimes em afirmar que viram o pai praticar sexo anal com o irmão.

A partir das denúncias, as três crianças foram morar com a avó. A delegada solicitou exame de conjunção carnal para a menina e de ato libidinoso para o menino. “O exame da garota constatou mesmo a violência sexual e do menino, ainda não temos o resultado, que deverá estar concluso nos próximos dias”, assegurou.

Na delegacia, o marceneiro negou a violência sexual contra os dois filhos. Alegou que se trata de intriga da sogra com quem seu relacionamento vai de mal a pior. A mãe das crianças disse duvidar da violência sexual sofrida pelos filhos, mas admitiu que o corretivo aplicado contra o menino foi exagerado.

Em seu depoimento, o menino relatou que, por causa de uma traquinagem, o pai o obrigou a ficar de joelhos e com os braços estendidos para cima. Ao abaixá-los, o pai arremessou uma machadinha que atingiu o rosto. “Foi aí que o menino sofreu o corte e originou toda a denúncia”, completou a delegada.

Juliana Chiquito adiantou que o montador de móveis foi indiciado por atentado violento ao pudor contra os dois filhos e maus-tratos contra o menino. “Com o laudo positivo em relação à violência sexual, está indiciado também no crime de estupro”, frisou.

As investigações deverão continuar por mais 30 dias. A delegada deverá ouvir mais pessoas e, em seguida, relatar o inquérito, que será encaminhado para o Fórum de Várzea Grande. Ela deve pedir a preventiva do montador de móveis.





Fonte: Diário de Cuiabá

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