De volta, Maggi diz que "MT está bonito na foto"
O governador Blairo Maggi disse nesta quinta (11), em entrevista coletiva em seu gabinete, após retornar dos Estados Unidos onde ficou por dez dias para um encontro mundial sobre questões ambientais, que as informações que chegam ao exterior sobre Mato Grosso e Brasil são "distorcidas e não correspondem à realidade". Ainda nesta linha, Maggi defendeu que, ao contrário do que teria importância na imprensa local, em outros países o que conta é o levantamento feito anualmente. "Nós reduzimos os índices de desmatamento de 2003 até 2008 de 11% para 3%. No exterior é mostrada a linha de desmatamento a cada ano, aí Mato Grosso aparece bonito na foto", argumenta.
A relação econômica do Brasil e Mato Grosso com o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, também foi amplamente discutida pelo chefe do Executivo estadual. "O Obama é extremamente protecionista com seus produtores. Lá (nos EUA) tem a questão dos subsídios, mas não acredito que isso seja de todo o mal para nossa economia", diz Maggi, se referindo mais especificamente ao etanol brasileiro. "Para eles (americanos), é uma questão de sair das mãos dos árabes para ficar nas mãos dos brasileiros", dispara o governador, em alusão ao petróleo e álcool, respectivamente.
Meio ambiente
Sobre as questões ambientais, o governador afirma que irá elaborar uma "lei de mudanças climáticas". A intenção é que a norma sirva para regulamentar ações de produtores e empresas a fim de reduzir a emissão de CO2 na camada de ozônio. "Quando a lei for criada, provavelmente em março do ano que vem, iremos instalar esses sistemas nos prédios públicos a serem construídos", esclarece o republicano. Um desses sistemas seria o de captação de energia solar. "Custa mais caro, sim, mas tem seu benefício e cada um tem que fazer um esforço", argumenta.
O governador enfatiza que o objetivo da viagem internacional, assim como da anterior, que teve como destino Los Angeles, foi de consolidar a responsabilidade de MT na emissão de gases estufa. "Não vejo problema nenhum na venda do crédito de carbono. Temos que ajudar os mais poluidores, como é o caso dos EUA". Outra proposta de Maggi é "ajudar financeiramente as pessoas que não desmatarem áreas que têm direito de explorar". "Queremos mostrar que a floresta tem muito mais valor em pé do que derrubada", finaliza.
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