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Politica Brasil
Quarta - 10 de Dezembro de 2008 às 18:51
Por: Alexandre Aprá

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, move uma ação criminal pedindo explicações ao jornalista Ely Santantonio e à articulista Adriana Vandoni Curvo. A alegação da defesa é de que reportagens publicadas no jornal “O Liberal” e no site “Prosa e Política” sugerem que Pagot tenha articulado politicamente para o remanejamento da delegada Alana Cardoso, da Delegacia Fazendária para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Verdão. Ela conduzia os trabalhos da “Operação Ação Imediata” até o dia da deflagração, em 7 de novembro passado.

Segundo o advogado de Luiz Antônio Pagot, Diogo Egídio Sachs, as publicações (confira abaixo reprodução de parte delas) trazem informações "soltas e desconexas". Para ele, os trechos “envolvidos até o pescoço” e "o afastamento da delegada Alana" não estão claros. “Quero deixar bem claro que ainda não estamos processando criminalmente ninguém. Estamos apenas pedindo explicações sobre o fato”, esclareceu o defensor.

Ele explicou que Pagot quer saber se há alguma relação entre Ely Santantonio e Adriana Vandoni, já que o jornalista teria reproduzido a matéria veiculada no site da articulista.

Audiência

O processo corre na 10ª Vara Criminal de Cuiabá, sob comando da juíza Flávia Catarina Oliveira de Amorim Reis. Uma audiência de depoimentos está marcada para a próxima quarta-feira, dia 17, no Fórum da Capital. Um mandado de intimação foi expedido para Adriana Vandoni e Ely Santantonio.

A reportagem do MidiaNews falou, por telefone, com Vadoni, que informou desconhecer qualquer processo e que não foi intimada para prestar nenhum depoimento. Além disso, ela disse desconhecer qualquer declaração que possa ter ofendido o ex-secretário de Educação, Infra-Estrutura e da Casa Civil de Mato Grosso. A articulista é filiada ao PSDB e é conhecida por tecer críticas ferrenhas a gestão do governador Blairo Maggi e ao presidente Lula, no seu site e em artigos de opinião publicados em jornais da Capital.

Também por telefone, Santantonio informou que tomou conhecimento da ação judicial, mas que teria apenas reproduzido a reportagem do site Prosa e Política, da Vandoni. No entanto, informou que está fora do Estado e não soube responder se estará presente no dia do depoimento agendado pela Justiça.

Ação Imediata

O nome de Luiz Antônio Pagot foi ligado à Operação Ação Imediata por conta do envolvimento do seu ex-assessor Paulo Leão, dono da Bras Serve, uma das empresas investigadas num suposto esquema de fraudes em licitações de empresas que prestam serviços ao Governo do Estado. Leão é pai de Franciele Leão, que também era assessora de Pagot, quando este ainda era secretário de Estado de Infra-Estrutura, e hoje ocupa o cargo de secretária-adjunta de Cultura.

Além disso, uma suposta prática de crime eleitoral também foi constatada pelos policiais no dia da deflagração da Operação. Materiais de campanha e uma lista com nomes de supostos eleitores do o vereador Domingos Sávio foram apreendidos na empresa de Leão. Franciele é namorada de Sávio.

Depois da deflagração da operação, no dia 7 de novembro, o governador Blairo Maggi teria determinado uma “Operação Abafa”. Delegados, a cúpula da Secretaria de Segurança e o próprio Governo se recusaram a prestar quaisquer esclarecimentos sobre as investigações. Um possível suposto elvolvimento de Pagot no esquema de fraudes descoberta pela Polícia poderia dificultar seus planos de ser candidato ao Governo em 2010. Pagot já que está em plena pré-campanha para o ser o candidato do PR.

A Polícia Civil informou que, até o início da próxima semana, o inquérito deve ser concluído e, daí, o silêncio sobre o caso quebrado.





Fonte: Midia News

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