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Politica Brasil
Terça - 09 de Dezembro de 2008 às 13:36
Por: Patrícia Sanches e Flávia Borg

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O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce (PMDB), integra a lista de 14 parlamentares eleitos e/ou reeleitos que tiveram suas contas reprovadas pelo juiz da 39ª Zona Eleitoral, Luiz Carlos da Costa. Lutero reconhece a existência de falhas, mas reclama do rigor do julgamento. "Eu fiquei sabendo que algumas contas que antes foram aprovadas e agora foram rejeitadas. Acho que 14 contas rejeitadas são um número muito grande", reclama. O parlamentar se mostra confiante e diz ainda que seus advogados já estão preparando defesa e que espera reverter a reprovação antes da diplomação que acontece em 18 de dezembro. "Vou recorrer e tenho certeza de que isso não vai prejudicar a minha diplomação". O peemedebista lidera o ranking dos mais mais gastaram na campanha eleitoral. Conforme o balancete apresentado à Justiça Eleitoral, Lutero "torrou" R$ 208 mil. Ele obteve 5.105 votos.

Conforme o magistrado que julgou as contas de Lutero, entre as irregularidades constatadas estão problemas como a falta da entrega das prestações parciais de gastos, recibos referentes ao período de campanha rasurados ou em desconformidade com os valores descritos nos balanços financeiros e ainda discrepâncias em relação à apresentação das estimativas de gastos de campanha.

"Reconheço que existem erros, mas minhas contas não deveriam ser reprovadas. Confio no meu contador e acredito que não há motivos para tantas reprovação em Cuiabá", justifica. O juiz eleitoral relata em um dos trechos de sua decisão que as contas de Lutero Ponce “apresentam defeitos irremediáveis”, fazendo menção a recibos eleitorais que foram rasurados. Também foram apontadas irregularidades como recibos “com modificações de valores”.

Outro parlamentar que pode não ser diplomado é o apresentador de TV e campeão de votos Everton Pop (PP), eleito com 5.280 votos. Em sua prestação de contas, Pop não se preocupou sequer em imprimir os documentos em papel condizente. Em papel contínuo, os números apresentados foram cortados em sua maioria. Ele declarou ter gasto apenas R$ 24,5 mil durante a campanha.

Outros parlamentares que tiveram os balancetes de campanha reprovados são Lueci Ramos (PSDB), Francisco Vuolo (PR), Domingos Sávio (PMDB), Deucimar Silva (PP), além de Adevair Cabral (PDT), Ralf Leite (PRTB), Washington Barbosa (PRB), Néviton Fagundes (PRTB), Edivá Alves (PSDB), Francisco Amorim, o Chico 2000 (PR), Ivan Evangelista (PPS) e Paulo Borges (PSDB). Todos ainda poderão recorrer da decisão.

Apesar da posição do juiz Luiz Carlos da Costa, pela reprovação das contas, cópias dos autos serão encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral, a quem cabe ingressar ou não com pedido de impugnação do diploma dos eleitos ou ainda, em período posterior à diplomação, a solicitação de cassação do diploma.

Já entre os que conseguiram o aval da Justiça Eleitoral estão os vereadores Toninho de Souza (PDT), Lúdio Cabral (PT), Antônio Fernandes (PSDB), Levi de Andrade, o Leve Levi (PP), e Clóvis Hugueney (PTB), o Clovito.





Fonte: RD News

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