Deputado insiste em atacar operação que desvendeu esquema de terras

O deputado Adalto de Freitas Filho (PMDB) voltou a atacar a Operação “Terra Fria”, desencadeada pela Polícia Federal, na região do Vale do Araguaia, em Mato Grosso, que teve como finalidade ajudar a desvendar o esquema de falsificação de escritura de imóveis rurais e o uso de documentos em diversos fins criminosos junto a órgãos ambientais e instituições financeiras. O parlamentar moveu uma comissão de representantes para conhecer a realidade dos fazendeiros e da população de Vila Rica, centro das investigações.

A comitiva esteve na Fazenda Mataria, onde aconteceu uma reunião com vereadores, empresários, fazendeiros, advogados e representantes da área agrária. De pronto, o parlamentar proclamou que o evento tinha como objetivo “resgatar a dignidade e credibilidade dessas pessoas que foram humilhadas pela operação truculenta”. Ao todo, na operação, 14 pessoas foram presas. A comitiva também realizou “vistoria” em fazendas da região e reuniões com agricultores locais.

Conclusão: ninguém sabe ao certo de nada. Após quase três horas e meia discutindo o assunto, ficou decidido que o Governo vai fazer um levantamento, através de documentos, em parceria com o Governo do Pará, para saber a real situação dos títulos de terras dos fazendeiros. “Primeiro precisa fazer um estudo cadastral para verificar a situação dessas terras. Por enquanto, o Estado quanto o Intermat, não podem fazer nada, sem antes realizar uma discriminatória judicial (levantamento topográfico da área)” -justificou o presidente do Intermat, Afonso Dalberto.

O que sobraram foram julgamentos. “Pelo que observei não há formação de quadrilha e nem falsificação de documentos. Agora, precisamos agilizar o processo de regularização das terras, através do Intermat” - explicou o deputado Ademir Brunetto (PT), que integrou a comissão. O petista concordou com a realização de uma audiência pública em Vila Rica para debater o assunto com autoridades governamentais. Disposto, o deputado peemedebista vai mais além: prometeu a realização de audiência pública em Cuiabá com vários parlamentares e representantes de órgãos públicos e governamentais. “Nosso objetivo é resgatar a credibilidade dessas pessoas que foram presas e buscar explicações do Ministério Público Federal” - acrescentou Daltinho.

Além dos dois deputados, participaram da viagem o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Orestes Oliveira; representante da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Ulisses Rabaneda; ouvidor da Ouvidoria Agrária Nacional, Marco Aurélio Bezerra; representante da Secretaria Estadual de Planejamento (SEPLAN), Luceny Oliveira; presidente do Intermat, Afonso Dalberto.