Em defesa, deputado nega infidelidade ao DEM

Wallace Guimarães apresentou sua defesa à Executiva estadual do DEM nesta segunda (8) convicto de que será absolvido de novo, desta vez sob acusação de agir com infidelidade partidária. Quem o acionou formalmente foi o ex-governador Júlio Campos, derrotado para prefeito de Várzea Grande no pleito deste ano. No fundo, o objetivo de Júlio e instigar o partido a expulsar Wallace por "falta grave" e, numa segunda etapa, tentar cassar o seu mandato de deputado estadual.

O parlamentar anexou a sua defesa gravações em CDs de lideranças do DEM de vários municípios, com depoimentos de que Wallace foi fiel e subiu no palanque de candidatos do partido. Ele arrolou várias testemunhas. Pelos cálculos do deputado, ele apoiou diretamente 20 candidatos do DEM.

No caso de Várzea Grande, Wallace não declarou adesão à candidatura do seu colega Júlio, por uma questão de foro íntimo. Sentiu-se traído na disputa interna, já que, desde o princípio, quem seria o candidato do DEM (ex-PFL) seria o próprio Wallace. Júlio, no afã de voltar à vida pública, antecipou a aposentadoria de conselheiro do TCE para entrar na corrida sucessória. Wallace garante que não pediu voto para o prefeito reeleito Murilo Domingos (PR). Dessa forma, desafia Júlio a apresentar provas de que teria agido como infiel partidário.

A Comissão tem 20 dias para apresentar um parecer favorável ou não a algum tipo de punição a Wallace. O relator é Paulo Guimarães. "Estou seguro de que não cometi infidelidade, portanto, devo ser inocentado", enfatizou o deputado. Para Wallace, esse tipo de queda-de-braço só enfraquece o DEM, que sonha com projetos majoritários nas eleições futuras. Enquanto o DEM tenta expulsá-lo, Wallace Guimarães passou a ser "assediado" por dirigentes de outros partidos.