Prefeito de Poconé enfreta 3 processos de cassação

O prefeito reeleito de Poconé, Clovis Martins (PTB), sofre três processos que tramitam no Cartório Eleitoral de Poconé. Ele é acusado de contratação irregular de servidores públicos, uso da máquina na compra e doação de combustivel e propaganda no período eleitoral indevida.

De acordo com os processos Clóvis Martins é acusado de contratar irregularmente a servidora pública Gisele Caroline Leite no período de campanha eleitoral. As contratações não decorreram de concurso público e seriam uma forma de beneficiar eleitoralmente o petebista, que, segundo a denunciante, foi pessoalmente em sua residência propor o serviço em troca do apoio a sua candidatura. Como a contratada não o apoiou, foi exonerada logo após o pleito sem justa causa.

Outra denuncia, trata do uso da máquina na campanha, onde o consumo mensal de combustível da prefeitura era na média de R$ 43.000,00, passou a ser de R$ 120.000,00 no primeiro mês de campanha, e que segundo a denuncia da coligação adversária, seria impossível gastar tanto combustível com uma frota de apenas 10 veiculos movidos a gasolina, uma vez que o posto denunciado venceu licitação apenas para venda de gasolina e álcool.

O ultimo processo é da utilização de meios de comunicação local em favor da candidatura do prefeito. "Restou patente que as matérias apresentam inequívoco viés eleitoral, passível de influir no resultado das eleições, posto que referidas publicações tiveram por objetivo aumentar o prestígio do candidato Clóvis Martins perante o eleitorado ao elencar as obras e melhorias realizadas por este na qualidade de chefe do Executivo Municipal, em manifesto uso indevido dos meios de comunicação social", e ainda, fere diversos artigos da legislação vigente, este processo deve investigar o uso indevido de propaganda institucional no sentido de também beneficiar politicamente o prefeito. As audiências para ouvir os denunciantes e testemunhas dos processos estão marcadas para o próximo dia 16 no fórum da comarca local.

Clovis Martins também é indiciado por envolvimento com Arcanjo Ribeiro. Segundo denuncia do Ministério Publico, o Prefeito Clóvis Damião Martins (Poconé), favorecia arcanjo com a isenção de impostos sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) que deveria ser pago sobre a soja que o bicheiro comprava pára revender.

Na época Clovis Martins era servidor da Sefaz, os outros servidores acusados, lotados na secretária na época do ocorrido, se encarregavam de desviar e extraviar as quartas vias de notas fiscais referentes à venda dos grãos de uma cooperativa de sorriso. A audiência deste processo esta marcada para fevereiro de 2009. Ainda consta contra Clóvis denuncia do Ministério público estadual por improbidade administrativa, processo iniciado em fevereiro deste ano e que tem nada mais do que 3.000 páginas. Clóvis ainda teve as contas do exercício de 2007 reprovadas pelo Tribunal de Contas, que apontou irregularidades graves que vão desde a emissão de cheques sem fundos a supostas fraudes em licitações.