Magoado, Sachetti diz que não foi compreendido

A um mês de concluir o mandato, o prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti (PR), derrotado à reeleição, disse que o povo não entendeu seu modo de administrar e que está magoado com a população. A afirmação foi feita pelo republicano em entrevista ao RDNews na frente do Fórum de Rondonópolis, pouco antes do início de mais uma audiência sobre um processo no qual responde por causa da apreensão, a três dias das eleições, de R$ 1 milhão, que, segundo o prefeito, seria para pagar cabos eleitorais.

O republicano esboçava cansaço e abatimento. Ao seu perguntado se guarda mágoas da eleição, Sachetti disparou: "Claro que guardo mágoas. Eu implantei uma administração diferente, moderna, mas infelizmente não fui compreendido. Mudei a cara dos bairros Jardim Iguaçu e Parque Universitário, que eram verdadeiros poleiros. Mesmo assim, perdi nestes lugares. Fiz muito na periferia e saí derrotado em quase todos. Isso me magou profundamente", diz o afilhado político do governador Blairo Maggi.

O republicano conta que, assim que terminar seu mandato, vai tirar férias de 30 dias para curtir a família e netos. Ele afirma que não decidiu nada sobre seu futuro político, mas não descarta entrar na disputa em 2010. "Eu não sou político. Estou político. Existe uma grande diferença aí! Vou cumprir meu mandato até o final. Entregar a prefeitura sem nenhuma dívida a Pátio (Zé do Pátio, PMDB). Depois minha profissão será a de avô", diz entre risos, na parte mais descontraída da entrevista. "Quero curtir minha família, passear e somente depois pensar se quero ou não me candidatar novamente", assegura.

Transição

Sachetti ressalta que a equipe de transição de Pátio já está recebendo todas as informações referentes a administração. Ele explica que cada secretário elaborou um relatório sobre tudo o que foi realizado nos últimos 4 anos e com informações das parcerias firmadas. O objetivo é permitir que o sucessor dê continuidade aos projetos que achar viável. "Estou dando todas as informações necessárias. Quando terminar meu mandato, entregarei tudo certo, sem dívidas. Assim o novo prefeito eleito pelo povo, poderá administrar".