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Politica Brasil
Quinta - 27 de Novembro de 2008 às 13:32
Por: Valdemir Roberto

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A briga dentro do “grupo político” do governador Blairo Maggi para definir qual será o melhor nome para a sucessão estadual em 2010 ainda deve render muitos capítulos. Hoje são pelo menos três nomes. O diretor geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura (Dnit), Luis Antônio Pagot (PR), o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) e o presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), o deputado estadual Sérgio Ricardo (PR). Nos bastidores, Pagot desponta como o nome mais forte, mas fica longe de ser uma unanimidade até mesmo dentro do partido. Os possíveis candidatos precisam se articular e começar a viabilizar as suas candidaturas. O cientista político Alfredo da Mota Menezes analisou essa disputa e a situação de cada nome colocado nessa briga “interna”.

O deputado Sérgio Ricardo não esconde de ninguém sua insatisfação por ter sido preterido por algumas vezes dentro do seu partido. O presidente da AL queria ter sido o candidato a prefeito dos republicanos na eleição deste ano, mas não foi e agora sonha com o governo do estado. Ricardo tem dito que o PR precisa avaliar melhor os critérios para a escolha dos nomes, cobrando a sua legenda e mostrando certa mágoa. Porém, para o cientista político, esse sentimento de decepção do parlamentar já passou, principalmente depois das negociações dos deputados com Maggi, para o aumento dos valores das emendas parlamentares. “Tudo isso gira em torno das campanhas eleitorais, os deputados fazem pressão por que precisam de mais recursos para levar as suas bases, ainda mais em tempos de crise”, diz.

Alfredo ainda classifica como uma encenação, a aproximação do senador Jayme Campos (DEM) com o presidente da AL. Aproveitando a ferida aberta dentro do PR, o cacique democrata disse que as portas do DEM estavam abertas para Ricardo e que se ele deixasse o PR seria o candidato ao governo. “Isso tudo não passa de uma conversa fiada de Jayme para apenas tirar Sérgio Ricardo do PR. Jayme é o candidato do DEM ao governo e não vai abrir mão de sua liderança. O senador quer sim o Sérgio no DEM, mas por sua força política e suas lideranças”, analisa. O certo é que Ricardo fica no PR, até por que não pode sair, existe a regra da fidelidade partidária. O presidente da AL vai tentar construir sua candidatura brigando contra Pagot.

O diretor geral do Dnit vem tentando popularizar sua candidatura nas ruas. Além disso, articula para ser o novo presidente do PR em Mato Grosso, o que daria a ele uma boa vantagem sobre Ricardo, pois teria mais poder de conversação entre os republicanos. Sérgio já se manifestou contra e tenta disseminar essa idéia com os correligionários.

O cientista político vê Silval Barbosa entre o “céu e o inferno”, entre a “cruz e a espada”. “O vice-governador é considerado um deputado hábil, de fala maia, com bom relacionamento com os colegas parlamentares. Mas essa tentativa de agradar gregos e troianos vai exigir um bom jogo de cintura do Silval”, explica. Alfredo lembra que a possibilidade de Silval assumir o governo do estado em uma eventual saída de Maggi ao senado federal ainda não é tida com certa. “Não tem nada oficializado ainda. O próprio Silval declarou isso”, afirmou. Para Mota, Silval é sim um dos políticos mais observados no meio, “considerado a bola da vez e até mesmo a noiva da vez”, mas começa a manchar a sua imagem em determinados círculos.

Silval não apoiou o prefeito eleito de Rondonópolis, do seu partido, Zé Carlos do Pátio, tudo para não se indispor com Maggi. “Agradou Blairo e desagradou o seu partido. Está agradando o PT de Serys, Abicalil e é claro, o PR. Também quer agradar o Jayme Campos, o DEM, O PP do José Geraldo Riva, todo mundo ele quer trazer para o seu lado”, assinalou. O cientista analisa que o PMDB, de Carlos Bezerra está “olhando com outros olhos” a postura de Silval. Zé do Pátio enfrenta uma ação do Ministério Público Estadual, que pode até anular a eleição e até o momento não se percebe um apoio do vice-governador. “Silval fica de calça curta se o PMDB decidir, assim como vai fazer o DEM, virar oposição ao governo Maggi. Ele pode dar uma de bombeiro, mas fica arranhado”, ressalta.





Fonte: 24 Horas News

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