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Politica Brasil
Quinta - 27 de Novembro de 2008 às 09:16

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De olho nas eleições de 2010, o cacique do DEM Jayme Campos, eleito senador em 2006 no palanque do governador Blairo Maggi (ex-PPS e hoje PR), já defende ruptura com o Palácio Paiaguás. Enquanto isso, o polêmico deputado Gilmar Fabris se esforça para manter a aliança dos democratas com a turma da botina. O problema é que, num eventual rompimento, o DEM terá de entregar ao menos 300 cargos tidos como importantes na estrutura do governo.

A relação política do senador com o governador Blairo Maggi vem azedando desde o ano passado, em que pese ambos terem sido eleitos no mesmo palanque. O clima de racha ficou mais evidente quando Maggi reforçou a pré-candidatura de seu afilhado político Luiz Antonio Pagot à sucessão estadual. O DEM mantém o discurso de candidatura a governador com Jayme, que tenta se recompor do desgaste, após a derrota à sucessão municipal dos irmãos Júlio e Dito Paulo, em Várzea Grande e Jangada, respectivamente.

O curioso é que o senador tem como primeiro suplente o próprio Pagot, que ganhou força com o posto de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit). Ambos caminham para enfrentamento nas urnas daqui a menos de dois anos, já que a PEC que estabelece prorrogação dos mandatos para 2012 com vista a unificar as eleições em todos os níveis não deve ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Desde 2003, quando a turma da botina chegou ao poder no Estado, o antigo PFL (hoje DEM) participa da administração. Indicou ao menos 300 cargos. Nas contas do governo, o DEM comanda as secretarias de Infra-Estrutura, com Vilceu Marchetti, e o Desenvolvimento Rural, com Neldo Egon, além de outros postos, como a presidência do Cepromat com Luiz Fernando Caldart. Já a cúpula do DEM prefere dizer que todos são indicações pessoais do governador e que, portanto, não possui cargos no primeiro escalão.

Na semana passada, Jayme propôs a membros da Executiva Estadual romper logo com o governo para ter maior liberdade de construir projeto próprio para 2010. Encontrou resistência. Fabris é um dos deputados que insiste que o partido deve não só continuar aliado como até apoiar candidatura do PR a governador, caso os democratas não tenham Jayme no páreo. E assim caminham o DEM e o PR, ora trocando farpas, ora se "desmachando" em elogios mútuos. No fundo, falta identidade aos partidos e a seus líderes.





Fonte: RD News

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