PR não deve manter alianças para 2010
O PR terá que remar muito contra a maré para conseguir reeditar o arco de alianças que permitiu ao governador Blairo Maggi (PR) vencer por duas vezes as eleições para o Governo do Estado. Tudo por causa de uma sucessão de fatos e erros que culminaram inclusive com algumas derrotas nas eleições municipais de outubro.
Um exemplo da crise hoje entre os partidos da base aliada foi percebida num encontro na última terça-feira, 18, na diretoria geral do DNIT, conduzida por Luiz Antônio Pagot, pré-candidato a suceder seu padrinho político, Blairo Maggi. As discussões fizeram os lideres colocaram como muito improvável o retorno da coligação.
Estavam no encontro, que discutiu a federalização da MT-174 entre Juína e Aripuanã, o senador Jaime Campos (DEM) e os deputados federais Carlos Bezerra, presidente do PMDB e Wellington Fagundes (PR), além do superintendente do DNIT em Mato Grosso, Rui Barbosa Egual. O projeto de federalização da rodovia está em vias de ser aprovado no Congresso Nacional e já poderá contar com recursos previstos na Lei Orçamentária Annual (LOA/2009) da União.
A certa altura da audiência iniciou-se uma avaliação política do quadro sucessório e os resultados das eleições municipais. Pagot como pré-candidato tem interesse em manter o arco de alianças como passaporte para a conquista do Palácio Paiaguás, convicto de que sem apoio poucas são as chances de qualquer pretendente ter a possibilidade de sequer concorrer.
Outra preocupação de Pagot é com o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo, outro pré-candidato dentro do PR e que é muito mais simpático aos líderes dos outros partidos aliados ou não.
"Não houve uma rusga e sim conversas a respeito da situação política", tentou desconversar o senador Jaime que corroborou com todas as críticas apontadas pelo deputado Carlos Bezerra.
O certo é que não existe clima para uma nova coligação e não faltaram duras críticas ao tipo de tratamento que o Governo Blairo Maggi dá aqueles que chama de aliados. "Somos aliados apenas no período eleitoral, após o tratamento é de adversário", teria dito Bezerra.
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