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Politica Brasil
Quinta - 20 de Novembro de 2008 às 13:14

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O polêmico Gilmar Fabris (DEM), que teve o mandato cassado pelo TRE e só se mantém no cargo de deputado por força de uma liminar obtida no TSE, passa a enfrentar mais um complicador jurídico na luta para não "cair" de vez. O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral decidiu por receber, em sessão nesta quinta à noite, o pedido de denúncia-crime contra o parlamentar formalizado pela Procuradoria Regional Eleitoral.

O processo é referente às eleições de 2006, quando o então candidato pelo PFL (hoje DEM) foi detido em Pedra Preta, sob acusação de prática de boca-de-urna. Fabris tem fazenda no município e foi flagrado no instante em que tentava negociar voto por dinheiro.

Em seu voto, o relator do processo Renato Vianna entendeu haver indícios suficientes para o recebimento da denúncia e abertura de processo-crime contra Fabris. O voto do relator foi acompanhado por todos os demais membros do Pleno. O intrigante é que, enquanto esse processo chega agora no TRE, com dois anos de atraso, outro sobre abuso de poder econômico também no pleito de 2006 resultou na cassação de Fabris. Desta vez a tal compra de votos se deu em Poxoréu. O deputado recorreu no TSE e conseguiu uma liminar, assegurando-o no posto até julgamento do mérito. É lá se vão praticamente dois anos no exercício do mandato, com direito a quatro pedidos de licença para tratamento de obesidade, conforme declarou o próprio deputado.

Trajetória

Ex-vereador por Rondonópolis (89/92), Gilmar Fabris já presidiu a Assembléia (95/96). À época lançou a pedra fundamental para construção da sede própria do legislativo. O projeto só foi consolidado na prática uma década depois. A obra ficou embargada por vários anos, sob suspeita de irregularidades. Nas eleições de 2002, Fabris investiu pesado na campanha e os 14.658 votos conquistados lhe garantiram apenas a 1ª suplência. Sob colaboração dos titulares, ele assumiu cadeira.

Fabris teve 20.057 votos na eleição passada, após dois mandatos na suplência. Ele é daqules que não têm papas na língua. Costuma endossar o discurso com expressões pejorativas, em tom agressivo e intimidador.





Fonte: RD News

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