Emissão de gases estufa cresce 2,3% em países industrializados, aponta ONU
Os maiores aumentos foram registrados nos países do antigo bloco soviético e no Canadá, cujas emissões cresceram 21,3% desde 1990, quando deveriam ter caído 6%.
A ONU alertou para as graves conseqüências para o clima global caso as nações industrializadas não se esforcem mais para controlar as emissões destes gases.
Mesmo entre os países industrializados que assinaram os Protocolos de Kyoto, em 1997, as emissões de gases cresceram a partir de 2000.
Apesar do aumento, os dados mostram que em 2006 as emissões caíram 0,1%, mas o número foi considerado "estatisticamente insignificante" pela ONU.
Segundo Yvo de Boer, secretário-executivo da UNFCCC (Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o maior aumento nas emissões nos seis primeiros anos desta década se deu entre os ex-países socialistas do Leste e da Europa Central, "que tiveram um aumento de 7,4% nas emissões de gases entre 2000 e 2006".
Conferência
"Estes dados claramente ressaltam a urgência de que sejam feitos progressos nas negociações de Poznan e que seja desenvolvido um novo acordo para responder aos desafios das mudanças climáticas", disse De Boer.
O secretário-executivo da UNFCCC se referia à conferência sobre as mudanças climáticas que acontece na cidade polonesa de Poznan entre os dias 1 º e 12 de dezembro e que servirá de preparação para outra conferência sobre o clima marcada para o ano que vem em Copenhague, Dinamarca.
A conferência de Poznan, que acontece em pouco mais de duas semanas, marca a metade das negociações de um tratado de diminuição nas emissões de gases que substitua os Protocolos de Kyoto, que vencem em 2012.
No encontro, os países signatários vão avaliar os progressos que fizeram até o momento e discutir o que precisa ser feito para que se chegue a um novo acordo sobre o clima em 2009.
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