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Politica Brasil
Sexta - 14 de Novembro de 2008 às 15:18
Por: Uiara Ribeiro

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A coordenadora do Programa Bolsa Família em Cuiabá, Maria Claudete Orso, lamentou a falta de conhecimento da primeira-dama e secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) do Estado de Mato Grosso, Terezinha Maggi ao ter declarado ontem (13) que famílias cuiabanas deixam de receber o auxílio do Programa Federal Bolsa Família por descaso da Prefeitura.

"Fico triste de saber que a gestão estadual que cuida do Programa Bolsa família de todos os municípios de Mato Grosso fala sem entender do Programa", repudiou Claudete, as declarações concedidas por Terezinha no programa de rádio da Band Fm, comandada pelo apresentador Everton Pop.

De acordo com a coordenadora, a Prefeitura terceirizou o serviço de visita às famílias através da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec- MT), que faz toda a parte da contratação e treinamento das pessoas que fazem as visitas in loco as famílias que serão atendidas pelo programa.

Ela explicou que foi repassada uma lista com nome de 17 mil famílias para serem visitadas pelas equipes. "Mas esse número caiu porque tinha família que já tinha se cadastrado, deu multiplicidade de famílias. Muitas famílias não foram encontradas, mudaram de endereço ou mesmo os vizinhos desconheciam a existência dessas pessoas. Então muitas delas deixaram de receber. Ou seja, muitas famílias não perderam, deixaram de receber", disse ela, dizendo que o cadastro foi entregue pela empresa terceirizada e encaminhado para Brasília dentro do prazo.

Além da diminuição das famílias no recadastramento, muitas saíram do programa porque não se encaixavam mais no perfil necessário. "Muitas famílias também superaram a renda permitida para inclusão no Programa. A renda necessária é de R$ 120 e se a família recebe mais que isso, fica de fora do Bolsa Família", pontuou.

Claudete exemplificou contando um caso fictício de uma típica mãe brasileira que é excluída pelo programa pela falta de perfil. Segundo ela, no caso de uma mãe que recebe a aposentadoria do Benefício de Proteção do INSS, de um salário mínimo que é equivalente a R$ 415,00 e que cuida de três crianças. Ela explica que o salário mínimo dessa mãe é multiplicado por três que contabiliza R$ 138,33.

Esse valor supera o permitido para inclusão no Bolsa Família que é de R$ 120,00. "Isso significa que essa uma família não precisa? Claro que não, mas é a regra do programa", observou.

Para concluir a coordenadora diz que Terezinha Maggi fala sem conhecer a realidade e critica as declarações concedidas pela primeira dama ao programa de Rádio. "A nossa função é manter o cadastro atualizado. Aliás, a função do estado é orientar quando algo não anda de acordo. E em momento nenhum recebemos algum comunicado. Estamos de portas abertas para quem quiser vir conhecer. Somos a favor do programa e também do estado para que isso funcione bem", finalizou.





Fonte: PnB Online

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