Karol diz que há "frutas podres" na Defensoria

Karol Rotini, reeleita defensora pública-geral do Estado com 71% dos votos válidos, espera agora sua nova nomeação pelo governador Blairo Maggi. Mesmo com votação expressiva - teve 81 votos, enquanto Djalma Sabo Mendes conquistou somente 33 votos -, Karol está numa saia-justa por causa das denúncias sobre ingerências em sua gestão, como superfaturamento, duplicidade de pagamento, despesas ilegais e falhas em licitações, ausência de bilhetes de passagens aéreas e farra com diárias.

Por lei, o governador é quem nomeia o defensor público-geral. O mandato é de dois anos. A posse acontece em janeiro do próximo ano. Agora que está segura de sua vitória, Karol Rotini soltou o verbo. Ela afirma que as denúncias são absurdas e irresponsáveis e foram feitas para sujar o nome da Defensoria Pública, que teve um orçamento de R$ 35,9 milhões no próximo ano e, entre outras atribuições, tem a responsabilidade de atuar como advogada de famílias carentes.

"Não há nenhuma ação contra minha pessoa, principalmente de improbidade, bem como não há nenhuma irregularidade, a não ser estas em período eleitoreiro, numa política suja e vergonhosa, que não deveria, mas há, entre nós", dispara a defensora pública-geral reeleita. Ela afirma que ficou em silêncio para, só depois do reconhecimento dos colegas em dar-lhe votação expressiva, se manifestar.

"É certo que todos temos nossas frutas podres, que precisam ser extirpadas, mas estas estão do lado de lá, não do meu lado". Diz ainda que, aos que vieram assomar às críticas, aos olhares desconfiados, a resposta veio das urnas, com sua reeleição respaldada pela maioria dos colegas defensores públicos do Estado.