Comissão do DEM sugere a absolvição de deputado por MT
Walace, acusado de ter recebido dinheiro na campanha, passa pela 1ª fase
A Comissão de Ética do diretório estadual do DEM aprovou ontem, por unanimidade, parecer que sugere a absolvição do deputado Walace Guimarães, acusado durante a campanha de ter recebido dinheiro para apoiar a reeleição do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR).
De acordo com o presidente estadual do DEM, Oscar Ribeiro, o parecer será apreciado nos próximos dias pela executiva do partido, que pode acatar a absolvição ou decretar punições ao deputado, inclusive a expulsão. Entre os democratas, no entanto, essa possibilidade é praticamente descartada diante da decisão da Comissão de Ética.
Cinco membros da Comissão de Ética aprovaram o parecer no início da tarde, após apreciar o voto do relator do processo, Paulo Guimarães. No relatório, ele alega que a gravação em vídeo apresentada no programa eleitoral do candidato Nico Baracat (PMDB) e que mostra Walace recebendo dinheiro de duas pessoas não identificadas não comprova qualquer ato de improbidade por parte do parlamentar.
"A representação que motivou a abertura do processo na Comissão de Ética sugere um eventual ato de improbidade do deputado, mas, ao analisarmos as imagens,verificamos que é impossível enquadrá-las como tal", afirma o relator.
A Comissão de Ética é formada basicamente por pessoas historicamente ligadas ao senador Jaime Campos, que teve o irmão Júlio Campos como candidato a prefeito pelo DEM em Várzea Grande. Essa ligação fez surgir inicialmente rumores que a decisão do grupo poderia complicar a vida de Walace. "O que nós fizemos foi uma análise a partir do vídeo que foi encaminhado. Não podemos supor nada, mas apenas decidir a partir do que nos foi entregue. Além do mais, o vídeo não tem áudio. Apenas a narração do programa do candidato do PMDB", pondera o relator Paulo Guimarães. Também compõem a Comissão Juarez Toledo Pizza, Natal da Silva Rego, Cleber Roberto Lemes e Arilson Arruda.
Em sua defesa, Walace afirmou que a gravação se trata apenas do episódio em que o deputado Maksuês Leite (PP) e o seu assessor Cláudio Moraes lhe entregam dinheiro para a campanha a deputado federal em 2002. Ressalta ainda que já solicitou da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) para tentar provar a sua tese. Maksuês nega qualquer participação no vídeo, apesar das imagens identificarem apenas Walace.
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