Vice-prefeito eleito em Cuiabá, Galindo é cotado à Sanecap
O vice-prefeito eleito de Cuiabá, deputado e empresário Chico Galindo (PTB), é cotado para assumir a presidência da Companhia de Saneamento (Sanecap). Apesar dele desconversar sobre o assunto, inclusive de dizer que está surpreso com as declarações do prefeito reeleito de que iria assumir secretaria, o petebista enfatiza que está pronto para ajudar a nova gestão tucana. A chapa Santos-Galindo sagrou-se vitoriosa no segundo turno no embate contra Mauro Mendes-Vera Araújo (PR-PT). O placar foi de 175.038 a 114.432 votos válidos.
Antes de viajar para o Nordeste para descanso de duas semanas com a família, Wilson Santos anunciou que Galindo não ficaria só com a cadeira de vice. Também iria tocar uma pasta a partir de janeiro. Nos bastidores, os rumores são de que Galindo ou será secretário de Governo, função limitada a ser porta-voz e interlocutor do Palácio Alencastro, ou então a presidência da Sanecap, responsável pelos serviços de água e esgoto da Capital. A autarquia está hoje sob a engenheira sanitarista Eliana Rondon.
A Sanecap detém autonomia e apresenta orçamento superior ao da maioria das 14 secretarias que compõem a estrutura administrativa da Capital. Cabe à autarquia, por exemplo, a missão de executar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Ao todo, são nada menos que R$ 238 milhões.
Apesar das denúncias contra Galindo e que eclodiram durante a campanha eleitoral, de que ele fora presidente de uma autarquia em Presidente Prudente (SP) na década de 1990 e até hoje responde por supostas irregularidades, o prefeito reeleito entende que não há qualquer obstáculo ou temor de prestigiar o seu vice num cargo estratégico e com boa estrutura.
Desde já, o tucano pensa em abrir espaço para dar visibilidade a Galindo, que renuncia ao mandato de deputado estadual em 31 de dezembro para, no dia seguinte (1º de janeiro), tomar posse como vice-prefeito de Cuiabá. Há expectativa de Galindo, irmão do reitor da Unic, Altamiro Galindo, vir a assumir o Alencastro por mais de dois anos, a partir de 2010, já que Santos sonha com candidatura a governador e isso o obrigaria a renunciar à cadeira de prefeito.
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