Cabe ao DEM definir futuro de Wallace, diz Fabris
O deputado estadual Gilmar Fabris (DEM) disse nesta terça (4), por telefone, que acompanha de longe o processo contra o seu colega de partido Wallace Guimarães e que também vive expectativa sobre o pronunciamento da Comissão de Ética. Fabris está em São Paulo. "Sou partidário e acredito que o partido deva falar a mesma língua.
Wallace deve ser submetido à Comissão. Eles decidirão o seu futuro", afirma Fabris. Em meio ao tiroteio eleitoral em Várzea Grande, ele reassumiu a cadeira na Assembléia somente para fazer pronunciamento e reforçar acusações "ressuscitadas" de Wallace de 2004 com vistas a incriminar o prefeito reeleito Murilo Domingos (PR) sobre suposto crime de pedofilia.
Wallace responde a um processo na Comissão de Ética do DEM. Os problemas do deputado com o partido começaram depois que ele deixou de apoiar Júlio Campos na corrida à prefeitura. Wallace alegou que fora preterido e, por isso, ficou neutro. No fundo, ele fez campanha nos bastidores para Murilo, que garantiu novo mandato com 72.519 votos (53,4% dos votos válidos)
Acusado de infidelidade, Wallace ficou numa saia-justa. Além da acusação sobre exploração sexual de menor, a aliança do vice-prefeito Nico Baracat (PMDB) que também disputou o pleito em Várzea Grande, divulgou um vídeo onde Wallace aparece "ensacando" dinheiro.
Agora, o deputado corre o risco de ser expulso. Se isso vier acontecer, pode perder o cargo de parlamentar porque, segundo decisão do TSE, o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito. Essa regra está em vigor desde março do ano passado. "A Comissão de Ética tem que ver o lado do deputado (Wallace) também e somente depois decidir sobre o seu futuro", pondera Gilmar Fabris.
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