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Politica Brasil
Terça - 04 de Novembro de 2008 às 08:17

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O tucano Wilson Santos resolveu atrair para o seu segundo mandato à frente do Palácio Alencastro os ex-adversários Roberto França (sem partido) e Jayme Campos, cacique do DEM, já pensando em aglutinar e ganhar forças políticas rumo a outro Palácio: o Paiaguás. Para agradar os democratas, o prefeito reeleito quer contemplá-los com duas secretarias, mesmo o partido não tendo elegido um vereador na Capital. Essa sinalização já começou a criar cisânia na coligação de 11 partidos.

Como a disputa foi prolongada para o segundo turno, o prefeito se viu em apuros e sob ameaças do opositor Mauro Mendes (PR). Antes, achava que ganharia no primeiro. Resolveu, então, bater a porta de França, de quem já foi adversário ferrenho. Na disputa à Prefeitura de Cuiabá, por exemplo, ambos se enfrentaram uma vez, mas tiveram em palanques opostos em outros eleições.

Em 2000, França se reelegeu prefeito pelo PSDB, no primeiro turno e com 137.441 votos. Santos, no PMDB, ficou em terceiro, com 39.575 votos, atrás da petista Serys Slhessarenko e à frente de Emanuel Pinheiro (então PFL). Em 2004, França apoiou Sérgio Ricardo, que estava no PPS e ficou em terceiro lugar. Santos, já no PSDB, conseguiu sair vitorioso.

Desta vez, Santos e França iniciaram as eleições em confronto. O ex-prefeito e hoje deputado estadual apoiou Walter Rabello (PP) no primeiro turno. Numa jogada estratégica, França "empurrou" para o DEM (ex-PFL) a esposa e ex-vice-governadora Iraci França, enquanto permanece sem legenda. No primeiro turno, o DEM compôs chapa majoritária com Rabello. Já no segundo turno, enquanto o candidato progressista derrotado se declarou neutro, o grupo de França, sob a liderança de Iraci, subiu no palanque do tucanato.

"Gratidão"

Na comemoração da vitória, a impressão que se tinha é que Iraci fora a responsável pela reeleição do prefeito. Assim, Santos e França passam borracha no passado, marcado por intrigas, denúncias e acusações, e agora pensam no futuro. O senador Jayme Campos, outro então opositor ao tucano, se junta ao grupo. O DEM terá forças na recomposição do secretariado. Santos pretende abrir duas pastas para o partido, uma delas é a área social. As demais siglas começam a se sentir preteridas.

O objetivo do novo bloco político é um só: derrotar em 2010 a turma da botina, grupo do governador de segundo mandato Blairo Maggi (PR). O prefeito reeleito antecipou cedo demais o processo visando as eleições gerais. Isso pode dificultar sua atual administração.





Fonte: RD News

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