Na bronca com Novacki, Jayme subirá à tribuna
As críticas do senador Jayme Campos (DEM) ao governo Blairo Maggi, em entrevista ao RDNews no sábado (1º de novembro), e a réplica do secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, no mesmo dia, motivaram o democrata a levar a discussão para o Congresso Nacional. Jayme prepara discurso para esta quarta (5), da tribuna do Senado. Será a tréplica do confronto com Maggi, via Novacki.
O jornalista e marqueteiro Paulo Leite, que presta consultoria para o senador, disse que Jayme se sentiu ofendido pelo secretário-chefe da Casa Civil. O próprio Paulo, que foi secretário de Comunicação do governo Jayme (91/94), também ficou na bronca. Primeiro, o senador criticou a administração estadual na área de segurança pública. Disse que os índices de violência em Mato Grosso são alarmantes e até comparou o Estado ao Iraque.
Já Novacki disse que Jayme está mal informado, talvez por ficar mais tempo em Brasília, culpou a assessoria do senador por não interá-lo dos fatos reais sobre avanços do governo na área de segurança e, por fim, ainda ironizou. Disse que o parlamentar democrata não sabe onde fica MT e nem o Iraque.
"O senador vai fazer pronunciamento. As críticas foram ao governo e de forma construtiva. O Jayme fez um apelo à reflexão à sociedade e ao governo do Estado para não se furtar ao debate sob pena de prejudicar a todos", explica Paulo Leite. Segundo ele, Novacki, ao insinuar que Jayme seria "vira-casaca" por disparar críticas após as eleições municipais, "desceu ao linguajar da caverna" e entende que isso é natural para o militar quando "agrede subordinado". "Ele (Novacki) tentou excluir um ex-governador e um senador que teve 800 mil votos. Isso é um desrespeito. Ele, no papel de secretário da Casa Civil, devia se harmonizador político e não desorganizador".
Sem direção
Sobre o fato do porta-voz do governador ter dito que Jayme não sabe nem onde fica o Iraque, o ex-secretário de Comunicação conta que Novacki entrou no governo justamente quando o hoje senador comandava o Estado e deveria reconhecer que foi naquela época que o Estado passou a ter a Academia da Polícia Militar. "Antes do governo Jayme, oficiais eram contratados e o Novacki, aliás, não tem formação acadêmica", disparou Paulo Leite. Enfatiza ainda que os números sobre violência, que apontam MT no topo, fazem parte de estatísticas oficiais e foram divulgados pelos Ministérios da Justiça e Saúde e por outras instituições.
Comentários