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Politica Brasil
Quarta - 29 de Outubro de 2008 às 13:32
Por: Valdemir Roberto

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A vitória consagradora de José Carlos do Pátio, em Rondonópolis, desbancando o poderio financeiro do governador Blairo Maggi e de seus amigos, principais sojicultores e chefes do agronegócio do Estado, fez com que o PMDB seja, neste momento, o ponto central para qualquer articulação visando as eleições de 2010. Pátio e seu padrinho Carlos Bezerra, presidente do partido e que já foi prefeito de Rondonópolis por suas gestões, serão, certamente, os mais procurados para se ajustar composições de chapa ao Governo do Estado.

O prefeito reeleito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) começou a semana após a eleição que o manteve no cargo, a demonstrar claramente a importância que o PMDB terá nesta eleição. Ele vem, diariamente fazendo questão de elogiar ao desempenho de Zé do Pátio na eleição em Rondonópolis. “O Zé é o grande herói desta eleição. Ele, sozinho venceu todo o grupo do governador Blairo Maggi e todo o dinheiro que foi investido em Adilson Sachetti”, faz questão de dizer.

Mas a força do PMDB não se restringe apenas a Mato Grosso, onde conseguiu vitórias estratégicas em municípios chaves como Sinop. O partido foi o grande vencedor a nível nacional, o que o faz candidatíssimo a brigar pela cadeira hoje ocupada pelo presidente Lula. O problema é encontrar um nome que consiga agregar apoio de outros partidos e o fortaleça no poder. Aécio Neves, meio descontente no PSDB, que quer Serra na disputa, pode ser esta opção, desde que mude de partido.

Em Mato Grosso, o governo Maggi tem o apoio do PMDB, com Silval Barbosa, sendo o vice. O problema é que o grupo aliado ao governo não é o mesmo que se fortaleceu com Zé do Pátio, em Rondonópolis e, de quebra com Carlos Bezerra, que nos últimos dias da eleição jogou todo seu prestígio na vitória do afilhado.

Bezerra é quem vai comandar todas as negociações em torno das alianças para 2010. Ele já admite um acordo com o PSDB, se distanciando do governo. O problema é saber se vai aceitar Wilson Santos como cabeça de uma possível coligação. O prefeito, aliás, depois de anunciar o nome da deputada federal Thelma de Oliveira como sua candidata ao governo, já vem mudando o tom e dizendo que 2010 está muito longe, o que significa que já pensa em deixar a prefeitura como apenas dois anos de segundo mandato para disputar o governo do Estado.

O PMDB, hoje tem apenas um nome em condições de conseguir sensibilizar o eleitor e, assim voltar ao poder em Mato Grosso: é José Carlos do Pátio. Mas, ele vai para seu primeiro mandato na prefeitura de Rondonópolis. Não é conveniente que deixe o cargo para disputar o governo.

Bezerra, não fala abertamente que seu PMDB terá candidato majoritário. Mas deixa um aviso no ar. O de que o partido está ainda mais forte, que tem sim em suas fileiras políticos que podem administrar o Estado.

O governo Maggi, quer fazer seu substituto e para chegar nesta disputa terá de ter o apoio do PMDB, que não quer mais ser coadjuvante. Neste cenário fica uma questão: Antônio Pagot vai desistir de seu sonho de ser governador?





Fonte: 24 Horas News

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