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Politica Brasil
Terça - 21 de Outubro de 2008 às 00:47
Por: Gonzaga Júnior

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Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 20, o juiz da 6ª Zona Eleitoral Geraldo Fernandes Fidelis Neto afirmou que os senadores, Serys Marli (PT), Jayme Campos e Gilberto Goelner do DEM, foram mal informados ao afirmarem no Senado que a eleição municipal em Cáceres foi marcada pela compra de votos e abuso de poder econômico por parte da atual administração municipal.

Para o magistrado, que se destacou comandando o movimento pelas Eleições Limpas, ao lado do Ministério Publico Eleitoral e da Associação Comercial e Empresarial de Cáceres, os três senadores agiram desta maneira porque são políticos e tinham que dar uma satisfação a quem os procurou.

Infelizmente, segundo o juiz, os três parlamentares, foram induzidos a erro e macularam um trabalho histórico nas últimas eleições municipais de Cáceres.

“Nenhum dos três senadores estiveram em Cáceres para presenciar a tranqüilidade, a segurança e a paz reinante durante as eleições, razão pela qual, mal informados, entenderam que houve a ocorrência de atos ilícitos. Todavia, não cabe desafiá-los a apresentar provas de compra de votos” afirmou o juiz, lamentando o episódio, que procurou diminuir o árduo e sério trabalho realizado. “Além disso, o povo de Cáceres é testemunha ocular de que as últimas eleições municipais foram as mais tranqüilas até hoje aqui realizadas”, acrescentou o magistrado.

Segundo Geraldo Fidelis, dos 151 processos abertos durante o processo eleitoral, 97 já foram julgados. Os demais estão aguardando a conclusão dos inquéritos que estão sendo realizados pela Policia Federal e manifestações do Ministério Público Eleitoral.

“Tenho trabalhado incessantemente e até a primeira quinzena de dezembro julgarei os poucos processos pendentes, entre os quais, alguns de Curvelândia, que também pertence à 6ª Zona Eleitoral”, ponderou o juiz.

Geraldo Fidelis afirmou que em nenhum dos 97 processos julgados encontrou indícios que pudessem culminar com a cassação de candidatos eleitos ou suplentes e emendou: “Pode ser que surja algo nos processos remanescentes, mas até o momento não há nada que altere o resultado da eleição”.

Com relação às denúncias formuladas, na OAB e na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, pelos candidatos derrotados, Túlio Fontes (DEM) e Wilson Kishi (PDT), o juiz lamentou a atitude, pois eles estão usando a mídia para lançar dúvida no trabalho da Justiça Eleitoral, que foi realizado em parceria com a sociedade organizada.

O juiz lembrou que partiu dele o pedido para que cada eleitor se tornasse um fiscal do pleito e denunciasse qualquer irregularidade, com provas, para que o processo democrático possa expurgar qualquer vício que o contamine, deixando claro que, sem prova, não há como se falar em crime.

Geraldo Fidelis lembrou ainda que não permitiu que a Justiça fosse usada para beneficiar ou prejudicar este ou aquele candidato.





Fonte: de Cáceres

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