Governo vai cobrar R$ 227 milhões de desmatadores, diz Minc
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou nesta sexta-feira que os desmatadores, que lideram a lista dos que mais destruíram reservas ambientais na Amazônia, deverão pagar R$ 227 milhões à União. No total, fazendeiros e empresas terão de recompor aproximadamente 133 mil hectares destruídos no Mato Grosso, no Pará e em Rondônia.
Segundo Minc, essa área é equivalente a 133 mil campos de futebol. "O que importa é que ninguém fica de fora. É um esforço concentrado [da Advocacia Geral da União, Ministério Público Federal e Ministério do Meio Ambiente]", afirmou o ministro. "Tremei poluidores e também vão pegar um xilindró onde couber", avisou ele, referindo-se aos desmatadores.
Ele disse que a ordem para recompor as áreas desmatadas e os pagamentos de multas se refere a 104 processos que correspondem a 81 ações civis públicas. Para dar mais agilidade ao julgamento das ações, o ministro se uniu à AGU (Advocacia Geral da União), Ministério Público Federal e vários órgãos federais em uma força-tarefa.
De acordo com o ministro, parte das ações será ajuizada ainda hoje e o restante no dia 30. "O que se pede é recuperação de área degradada e pagamento de multa. Nem sempre se pode é pedir prisão. Pode ser uma infração pesada e não ser crime. Nem todo desmatamento é crime federal", disse.
Mais uma vez, Minc reclamou que de cem pedidos referentes a denúncias de desmatamento, apenas dez viram ações.
Segundo ele, de cada grupo de dez ações, somente uma vira condenação. Para ele, a chamada força-tarefa deverá minimizar em parte essas dificuldades de tramitação dos processos e cobrança de multas.
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