4 deixam o governo Maggi para reforçar Mendes em Cuiabá
Baiano, Pitaluga, Yênes e Orestes devem se afastar por 20 dias; governador encomenda estudos à Sefaz sobre crise e avisa que deve trocar secretários
Quatro secretários de Estado anunciaram neste terça (7), durante reunião do primeiro escalão com o governador Blairo Maggi, a intenção de se afastar da administração pelos próximos 20 dias para se dedicarem à campanha à sucessão em Cuiabá do candidato do PR, empresário Mauro Mendes. O republicano disputa o segundo turno contra o prefeito Wilson Santos (PSDB). Eles sinalizaram nesse sentido após o governador pedir empenho de sua equipe na luta pela candidatura do amigo Mendes, mas de uma forma que não venha misturar as questões políticas com as administrativas.
Orientou aqueles que eventualmente estejam interessados em se dedicar mais à campanha eleitoral a se desvincular do Palácio Paiaguás. De imediato, os secretários Paulo Pitaluga (Cultura), coronel Orestes Oliveira (Casa Militar), Yênes Magalhães (Planejamento) e Baiano Filho (Esporte e Lazer) anunciaram a disposição de colaborar. Ficaram de formalizar o afastamento provisório a partir desta quarta. O assunto será tratado diretamente com o secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki. Neste período de 20 dias, os cargos sem titulares serão ocupados pelos adjuntos. Resta saber em que os quatro secretários que se prontificaram a subir no palanque de Mendes podem colaborar eleitoralmente, já que não têm atuação e nem militância política fortes.
A reunião de Maggi com o staff demorou 2 horas. Só não estiveram presentes João Virgílio (Procurador-Geral do Estado) e Flávia Nogueira (Apoio a Políticas Educacionais) devido a compromissos em Brasília.
Crise
O governador abriu o encontro discorrendo sobre a crise financeira internacional, que trouxe pânico nos mercados no mundo, com quedas espetaculares nas Bolsas, e o risco de isso impactar a economia de Mato Grosso, considerando que o preço da soja já atingiu esta semana o menor valor dos últimos 12 meses. Maggi encomendou a secretaria de Fazenda um estudo para saber, na prática, se há risco de prejuízos e quer orientações de como o governo deve agir. Desde já, o governador pediu maior rigor e contenção dos gastos públicos.
O governador voltou a repetir o que havia declarado em discurso na semana passada em Rosário Oeste, quando disse que no próximo ano vai promover mudanças no secretariado. Sua intenção foi, com esse alarde, animar a equipe para manter ritmo administrativo como se tivesse no primeiro ano do mandato. "Não quero que ninguém se acomode".
Maggi destacou que a Casa Civil vai continuar fazendo acompanhamento sobre a produtividade e desenvolvimento de ações e projetos de cada pasta. Disse que muitos encaminhamentos precisam ser retomados agora com o fim das eleições municipais, apesar das atenções ainda estarem voltadas para o segundo turno em Cuiabá.
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