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Politica Brasil
Terça - 07 de Outubro de 2008 às 16:29

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No domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, se deslocou de Brasília para sua cidade natal, Diamantino (208 quilômetros de Cuiabá), para votar. Mais do que exercer a cidadania, Gilmar foi prestar o apoio ao irmão, Francisco Mendes, do PR, que é prefeito do município.

Ele estava apoiando para seu sucessor o vereador Juviano Lincoln, do PPS. De nada adiantou a presença do conterrâneo ilustre: Lincoln perdeu a eleição para Erival Capistrano, do PDT. O resultado foi apertado. No fim, o candidato dos Mendes terminou a disputa com 4.413 votos e o adversário, com 4.831.

A derrota dos Mendes foi ofuscada pela vitória da família do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, que também é integrante do STF. O irmão dele, Paulo Britto, do PT, ganhou a disputa para prefeito em Propriá (SE), cidade natal dos dois. A vitória foi selada com 8.458 votos, 53,82% dos votos válidos. No domingo, ao dar entrevista sobre as eleições, o ministro vitorioso não escondeu a alegria com o resultado ao ser perguntado sobre o assunto.

"Mas a imprensa descobre tudo! Durante esse processo eleitoral, eu nunca falei isso a ninguém, não fiz nenhuma viagem a Sergipe, para não ser acusado de nenhum tipo de interferência. É claro, não sou hipócrita, que fiquei muito feliz. Mas asseguro que não interferi absolutamente em nada", disse Ayres Britto, bem-humorado, sentado ao lado de Gilmar.

Na ocasião, o presidente do Supremo evitou comentar o desempenho eleitoral do aliado do irmão: - A Justiça Eleitoral está de parabéns. Conseguiu promover eleições calmas e limpas, atingimos um padrão civilizatório digno do Brasil democrático, digno dos 20 anos da Constituição de 1988 - declarou.





Fonte: O Globo

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