5 deputados saem "arranhados" desta campanha
Eles não foram candidatos nestas eleições, mas se tornaram protagonistas de situações polêmicas, escândalos e de posições dúbias. Por causa disso, entraram na lista daqueles que "pagaram mico" e que ficaram "carimbados" para todo o resto da trajetória política. Em Várzea Grande, o deputado Maksuês Leite (PP), se envolveu em dois episódios polêmicos e desgastantes politicamente.
Primeiro, Maksuês deixou de ser candidato a prefeito num momento em que era líder nas pesquisas de intenção de voto para apoiar o principal adversário Júlio Campos (DEM). Depois, foi acusado de chantagista pelo colega deputado Wallace Guimarães por ter feito uma gravação em que o próprio Wallace aparece "ensacando" dinheiro. O "flagrante" ocorreu em 2004 e só neste pleito, quatro anos depois, foi divulgado no último dia do programa eleitoral na TV do candidato Nico Baracat (PMDB).
Wallace não apoiou a candidatura de Júlio, mesmo se tratando de candidato do seu partido. Trabalhou nos bastidores pela reeleição do prefeito Murilo Domingos (PR). Agora, o deputado passa a maior parte do tempo se explicando sobre a gravação, que o menciona como alguém que teria recebido dinheiro para apoiar Murilo.
Outro que "pagou mico" na campanha, principalmente em Várzea Grande e Rondonópolis, foi o deputado Gilmar Fabris (DEM). Ele foi acionado por Júlio para "enquadrar" candidatos rebeldes. Acabou arrumando confusão. Com seu estilo polêmico, Fabris disparou críticas contra Murilo, reforçando, da tribuna da Assembléia, acusação de exploração sexual contra uma menor. O tiro saiu pela culatra. O prefeito se passou de vítima na ótica do eleitor e reconquistou o mandato.
Em Rondonópolis, a presença de Fabris no palanque do prefeito Adilton Sachetti trouxe desgaste e polêmica. Ele ajudou no trabalho logístico de estrutura e organização de equipe. O grupo da turma da botina foi derrotado pelo deputado Zé do Pátio (PMDB), prefeito eleito.
O ex-prefeito e deputado Percival Muniz (PPS) sai desgastado do processo eleitoral por causa de suas posições dúbias. Primeiro, anunciou a pretensão de concorrer à cadeira de prefeito de novo. Depois, recuou e passou a defender o nome de Pátio. Numa outra fase, refluiu e ficou neutro. Já na reta final, virou articulador do projeto à reeleição de Sachetti, mas nos bastidores e sem "botar a cara". Apesar disso, o eleitor acabou condenando-o pela postura, principalmente o grupo ligado ao prefeito eleito.
Percival saiu derrotado também porque não conseguiu eleger o sobrinho Tiago Muniz vereador por Rondonópolis e nem garantir o retorno à Prefeitura de Jaciara do ex-gestor Valdizete Nogueira, um dos poucos candidatos do PPS à sucessão municipal.
O deputado federal Wellington Fagundes (PR) lançou o filho João Antonio Fagundes candidato a vice-prefeito na chapa de Sachetti. Fagundes foi adversário ferrenho do hoje prefeito, contra o qual disputou a prefeitura em 2004. A aliança Sachetti-João Antonio não foi bem aceita pelo eleitorado rondonopolitano. O resultado veio com a vitória de Pátio.
Comentários