Desmatamento em agosto caiu 85%, revela Imazon
Os dados constam do boletim Transparência Florestal, divulgado mensalmente pela oranização não-governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Eles contrastam com os dados Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que constatou aumento de 133,6% no desmatamento na região em agosto em relação ao mês anterior.
Imazon e Inpe se valem de metodologias diferentes. Em agosto, segundo o Inpe, teriam sido destruídos 756,7 quilômetros quadrados de floresta. Os pesquisadores do Imazon ponderam que os números são diferentes porque o levantamento realizado pela ONG considera apenas os locais onde houve remoção total da floresta. O Inpe também leva em conta áreas de degradação florestal, em que a mata não foi totalmente derrubada.
O Imzon assinala que os dados podem estar subestimados, pois não foi possível detectar a ocorrência de desmatamento em 36% da Amazônia Legal devido a existência de nuvens nas imagens MODIS dessas áreas. A região não mapeada situa-se no Amapá, Roraima, Amazonas e norte do Pará.
Em agosto de 2008, o desmatamento foi maior no Pará (59%), seguido por Amazonas (20%), Roraima e Mato Grosso (6%). Os demais estados contribuíram com cerca de 8% do desmatamento.
A maioria do desmatamento (81%) em agosto ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O desmatamento nos As sentamento de Reforma Agrária alcançou (10,5%), nas Unidades de Conservação (7%) e nas Terras Indígenas pouco mais de 1%.
O desmatamento foi maior, em agosto deste ano, no Pará (59%), seguido pelo Amazonas (20%), Roraima e Mato Grosso (6%). Em Rondônia, Acre e Tocantins o desmatamento somou apenas 8% do total. Do ponto de vista fundiário, a grande maioria (81%) do desmatamento ocorreu em áreas de Assentamento de Reforma Agrária, 7% em Unidades de Conservação e pouco mais de 1% nas Terras Indígenas.
O desmatamento nos assentamentos de Reforma Agrária totalizou 10,7 quilômetros quadrados. Os Projetos de Assentamento que mais desmataram foram Maranhão, no município de Iracema (RR), e Jacaré-Açu, em Novo Repartimento (PA).
Nas Unidades de Conservação o desmatamento alcançou cerca de 7% em agosto de 2008. O maior desmatamento ocorreu na Área de Proteção Ambiental do Xingu (PA), que perdeu 4,45 quilômetros quadrados de floresta. Nas Terras Indígenas, o desmatamento representou pouco mais de 1% do total em toda a Amazônia brasileira.
As Terras Indígenas mais desmatadas foram a Cachoeira Seca do Iriri, com 1,3 quilometros quadrado, e a Apyterewa, com 0,71 quilômetros quadrado, ambas situadas no Pará.
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