Acordo Maggi-Riva já causa reviravolta política
Antes mesmo das eleições municipais, a partir das quais se define novo mapeamento político-eleitoral, os líderes já começam a "amarrar" acordos, visando o pleito de 2010. Principal "estrela" do PR, o governador Blairo Maggi, por exemplo, surpreendeu a todos quando, na semana passada, durante comício em Juara, convidou o deputado José Riva (PP) para concorrer ao Senado no mesmo palanque.
Era tudo que Riva gostaria de ouvir. Deputado de quarto mandato, ele é um exímio articulador político e tenta vencer obstáculos dos processos na Justiça por supostos atos de improbidade. Desde quando chegou à Assembléia, na década de 1980, nunca deixou os dois cargos mais importantes da Mesa Diretora, ora como primeiro-secretário, ora presidente. Hoje, por exemplo, está na Primeira-Secretaria e já foi eleito para presidir o Legislativo a partir de fevereiro do próximo ano.
No palanque em Juara, diante de milhares de pessoas, Maggi anunciou que pretende disputar o Senado e, como serão abertas duas vagas, deseja que a outra seja destinada a Riva. "Deixei para fazer aqui, Riva, junto com os teus, esse convite. Vou disputar o Senado e o PR vai ter outros partidos coligados e quero te convidar para disputarmos juntos o Senado".
Enquanto Riva se mostra contente com o convite, lideranças de outros partidos, como do PT, estão descontentes com a posição do governador, inclusive o deputado federal Carlos Abicalil e a senadora Serys Marly, que sonha com o projeto de reeleição, e o PMDB, do deputado Carlos Bezerra e do vice-governador Silval Barbosa.
A dois anos para as eleições gerais, alguns nomes já são citados nos bastidores como alternativas para à senatória. Do PR, além de Maggi, fala-se no deputado federal Wellington Fagundes. No PT, há dois no páreo: Abicalil e Serys. O PDT fomenta a idéia de lançar o deputado Otaviano Pivetta, da mesma forma o DEM com o senador Gilberto Goellner e o PMDB com o deputado Carlos Bezerra.
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