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Politica Brasil
Quinta - 02 de Outubro de 2008 às 08:14

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O governador Blairo Maggi faz um balanço de seus cinco anos e 10 meses da administração, agora pela manhã, no programa Chamada Geral, da Cuiabana de Melodias FM (95,9 Mhz), ancorado pelo ex-deputado federal Lino Rossi. O programa contará com a participação do professor e cientista político Alfredo da Motta Menezes, dos jornalistas Marcos Coutinho (Olhar Direto) e Romilson Dourado (RDNews) e do médico Marcelo Sandrini, do Hospital Santa Helena.

Questionado por Rossi sobre as diferenças entre o presente e o passado, Maggi foi enfático ao revelar as gritantes diferenças. "O Mato Grosso de hoje é muito diferente. A minha vida era diferente. Eu era o dono do meu nariz e assumia os riscos que eu quisesse. Só prestavam contas aos meus sócios e agora, como governador, tenho limites e tenho que seguir as regras e ficar o tempo todo ouvindo a sociedade, suas urgências e suas emergências. No setor privado, você tem que ter lucro econômico e no governo o que importa são os lucros sociais, com mudanças nas vidas das pessoas, com a melhoria das condições", compara.

Dando sequência na mesma comparação, Maggi afirmou que " pressa no governo não é boa, porque pode implicar em falta de planejamento". "E no governo você tem que obedecer regras e se a programação for seguida, você pode cumprir as regras e pode obter resultados positivos para a sociedade. No governo, cada decisão tem uma gavetinha, um tribunal, um promotor, que limitam a margem de manobra, inclusive para definir investimentos", salienta.

Blairo Maggi lembra ainda o papel da Assembléia Legislativa, "que é a força do povo, que nos fiscaliza e cobra resultados, mas quem vai entrar na política tem que fazer uma opção entre a vida privada e a vida pública".

Com relação ao tamanha da máquina, Maggi ressalta que o Estado tem hoje 80 mil servidores no Poder Executivo, entre ativos e inativos, além dos servidores dos demais poderes e instituições, que é muito grande. "A grande diferença é de que o setor privado e o público estavam desconectados, mas hoje os dois setores estão conectados e com muito mais harmonia", assevera.

Maggi justifica que foi estimulado a entrar no jogo político porque Mato Grosso saiu da divisão com muitas obrigações e porque as demandas eram atendidas pelos municípios e pelos cidadãos, mediante suas necessidades e carências, e não pelo Estado.

"Viramos o jogo com apenas 3% porque a sociedade entendeu que poderíamos usar o dinheiro público para atender as demandas e que poderíamos fazer com que as obras chegassem na ponta. Tínhamos pouco mais de mil quilômetro de estradas asfaltadas e hoje temos mais de 2,8 mil km pavimentados. Antes, cada escola tinha suas demandas e não eram atendidas, mas no nosso governo esse quadro foi revertido e vamos entrar o ano com 100% das escolas recuperadas e sem as reclamações diárias de antes. Outro ponto foi os investimentos em infra-estrutura. Me lembro de uma frase na campanha no interior onde um produtor reclamava que o progresso não anda em estrada de chão e nem dorme no escuro. E é a mais pura verdade. E nós mudamos esse quadro", comparou.

Na intervenção do professor Motta Menezes, que questionou as ações no setor de infra-estrutura, porque o governo estaria atuando aquém de sua força, nas questões da BR -163 e da hidrovia, o governador avalia que houve avanços.

"Na questão da 163, depois de muita conversa, conseguimos as licenças ambientais, que é um problema resolvido, pelo menos dentro de Mato Grosso. Os trechos no PA já estão licitados e estão com ordem de serviço, apesar de o TCU ter intervido. Mas o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, me disse que até 2010, a 163 está em estágio bem avançado. Com relação à hidrovia Paraguai-Paraná, o embargo judicial impede o avanço, mas entre 1998 e 2008, muita coisa mudou, especialmente nos meios de navegação com propulsão azimutal, que não agride as barrancas porque podem girar no seu próprio eixo", pondera.

Maggi lembrou ainda uma viagem feita em 2006 com promotores ambientais e procuradores da República para mostrar os avanços tecnológicos. "Hoje não temos mais os prolemas ambientais do passado. Mas é uma grande alternativa para Mato Grosso escoar a produção em todos os sentidos, inclusive após a verticalização da produção agrícola", resumiu.

Em relação à soja, principal ponto da pauta da exportação, Maggi avaliq que "vendendo a soja a US$ 16 o bushel com os insumos caindo é muito bom, mas vender a US$ 11 com o bushel com lucro desde que os insumos caiam mais ainda, com a tonelada dos insumos chegando ao patamar de US$ 400 contra os US$ 1 mil de antes, não haverá crise aguda.

Segundo o governador, a grande preocupação "o problema é que não falte crédito para a produção e garante que, apesar da crise, as empresas que estão investindo em Mato Grosso não devem retroceder e nem parar as obras ou interromper suas ações, porque a produção de alimentos é a última questão a ser atingida.





Fonte: Olhar Direto

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