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Economia
Quinta - 13 de Junho de 2013 às 21:58

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Um estudo, realizado recentemente pela Odgers Berndtson, uma consultoria em capital humano, em parceria com a Cass Business School - University London, de Londres, avalia o impacto da troca de liderança no mundo corporativo. Segundo os realizadores, a briga por talentos será cada vez mais acirrada e os novos líderes vão orientar suas carreiras por outros pilares. O equilíbrio entre realização profissional com qualidade de vida, a busca pelo sucesso e seus vetores de ambição têm novos matizes e gatilhos motivacionais.


 
Cenário atual


 
Com a saída de cena de um grande número de gestores - a geração Baby Boomers está se aposentando - um novo perfil de líder assume o comando dos negócios. Não são só novos atores. Palco, cenário e público também se alteraram ao longo dos últimos anos. Novo contexto, desafios e expectativas que vão exigir, consequentemente, novas competências, respostas e comportamento. O mundo está globalizado, a inovação é fator vital, gestão eficaz e profissionais competentes fazem toda a diferença no resultado do negócio, independentemente de seu segmento ou país. O capital humano ganha cada vez mais peso na busca por perenidade dos negócios.


 
Olhar cuidadosamente para esse momento de transição é fundamental, dizem os técnicos. Duas questões se colocam:


 
Como os líderes atuais estão conduzindo a passagem de cargo - entrega do bastão - para a próxima geração?


 
Como essa nova geração enxerga a liderança e por quais valores se orientam?


 
O relatório da pesquisa foi gerado a partir de 100 gestores seniores de empresas globais. As respostas demonstram uma compreensão profunda de como as empresas percebem seus respectivos mercados e as mudanças na força de trabalho; como esses sistemas convergem para criar uma nova realidade e os desafios das próximas duas décadas, e o quanto esses futuros líderes estão ou não prontos para atuarem nesse mercado futuro. Essas e outras questões foram apontadas na pesquisa, cujo resultado retrata um cenário complexo para os próximos anos.


 
O estudo compreendeu diferentes setores de todas as partes do mundo e 30% são mulheres. As respostas retratam qual é a situação agora e que habilidades serão mais importante nos próximos 20 anos. O relatório concluiu que, para continuar a prosperar, as organizações devem ter melhores sistemas de transferência de conhecimento - seja por coaching, mentoring e/ou codificação. Precisam reavaliar a sua estrutura organizacional, incluindo sua filosofia de incentivo e ferramentas de recrutamento e retenção de talentos.


 
Construir uma consciência cultural, com a elaboração de programas de desenvolvimento de liderança que trabalhe a diversidade, a flexibilidade e as habilidades e talentos individuais das pessoas.


 
"Para o Brasil, em especial, os próximos anos acenam com uma guerra por talentos, o que deve levar as empresas a trabalharem de forma muito mais efetiva em áreas como engajamento e ferramentas de assessment, retenção e desenvolvimento de equipes, além, é claro, de uma necessidade ainda maior de assertividade na seleção de seus futuros líderes", avalia André Freire, presidente da Odgers Berndtson no Brasil.


 
Insights para o mundo corporativo:


 
As pessoas com mais de 60 anos estão avançando no mapa demográfico, enquanto as novas gerações têm menos filhos;


 
Economias evoluindo, forte contingente se retirando do mercado de trabalho e a forte indicação de que não teremos talentos e profissionais suficientes para suprir as necessidades do futuro próximo; 


 
Nos países emergentes, o quadro é ainda mais sério - América Latina aponta o gap mais acentuado. Aqui o problema se acentuará mais rápido - entre 2010 e 2050; e na Europa mais lentamente;


 
Os Baby Boomers tiveram seu auge nos anos 70-80. De 2010 para cá o registro é de declínio (saída do mercado de trabalho), avançando a passos largos a cada ano;


 
A mulher ganha destaque e vai responder por boa parcela desses novos cargos. Elas estão sendo promovidas mais rapidamente e em escala maior em diferentes segmentos da economia;


 
A diversidade cultural e os investimentos em promover uma integração nesse sentido, com profissionais globais, já importantes nos dias atuais, assume outra dimensão e relevância para os futuros líderes.




Fonte: Do UOL

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