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Politica Brasil
Sexta - 26 de Setembro de 2008 às 08:43
Por: Marcos Coutinho

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Bem ao seu estilo ferino, perspicaz e, ao mesmo tempo, mordaz, o marqueteiro de campanha do prefeito Wilson Santos (PSDB), o ex-senador Antero Paes de Barros, fez uma defesa de seus pontos de vista do que pode ser tratado em uma campanha eleitoral, no programa Chamada Geral, da Cuiabana FM (95,9 Mhz), e lamentou o fato de que o candidato do PR a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, "não sabe conviver com a verdade".

"Eles não sabem conviver com a verdade...não temos comitê da maldade, mas sim o comitê da verdade", afirmou Paes de Barros ao sustentar que todas as acusações feitas contra Mendes no programa eleitoral de Wilson Santos, com relação ao atropelamento de um casal, ocorrido em 1993, "são verdades". E o marqueteiro garante que todas as contra-informações apresentadas pelo marketing do candidato republicano são "mentiras".

"Eles mostraram que não sei quantos mil foram gastos com hospitais e isso não é verdade, porque a dona Francisca foi operada no hospital Sarah Kubistech, que não cobra para fazer cirurgias, por medicamentos...não cobra por nada. A única verdade que ele (Mendes) falou é que pagou R$ 94 mil de indenização. Mas só pagou por força de uma decisão judicial.... mas se recusou a pagar R$ 350 de pensão para a professora", contestou Antero.

No seu conhecido estilo, Antero questionou o apresentador Lino Rossi, âncora do Chamada Geral: "você deixaria sua mãe trabalhar naquelas condições ? Você se recusaria a pagar R$ 350 para a professora, sendo que você não tem a mesma condição financeira do candidato (Mendes) ?". Em seguida, alfinetou: "a professora não tem condição de dar duas aulas por dia em pé...e o candidato (Mendes) fala em estética".

Para o Olhar Direto, o marqueteiro tucano informou que a decisão da Justiça Eleitoral de proibir a utilização do caso na programação eleitoral gratuita "já foi agravada". O assessor jurídico da campanha, José Antonio Rosa, por telefone, informou que o agravo foi interposto na tarde de ontem e o relator deve ser decidido hoje. "Esperamos reverter com o agravo", disse Rosa, por telefone.

Pela lógica de Antero, esse caso tinha sim que ser tratado no programa eleitoral, apesar da proibição judicial. "Nos Estados Unidos, França e Portugal esse assunto seria tratato porque trata-se de uma questão conceitual. Nos Estados Unidos tratou-se até da genitália de Bill Clinton (ex-presidente democrata, acusado de assediar a estagiária Mônica Lewinsck)", salienta.

A respeito do "comitê da maldade", supostamente instituído na eleição passada, o marqueteiro foi mais espinhoso ainda ao lembrar que foi o atual marqueteiro de Mauro Mendes, o publicitário Júlio Valmórbida, que editou a matéria em que um senhor idoso acusou o então candidato a prefeito do PT, Alexandre César, de tê-lo processado por conta de uma disputa imobiliária. "E eu não vejo maldade nisso também porque é verdade; é um processo que foi transitado e julgado. Assim como não vejo maldade em mostrar o caso da dona Francisca", acrescentou.





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