Eleição nas capitais favorece Lula como cabo eleitoral em 2010
Logo atrás vem o PMDB, partido que acompanha o governo, mas em que não há uma unanimidade neste sentido. Candidatos da legenda estão à frente nas sondagens no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia, Campo Grande e Florianópolis.
O PSB, partido do candidato que uniu os rivais PT e PSDB em torno do mesmo projeto em Belo Horizonte, está em vantagem em mais três capitais: João Pessoa, Boa Vista e Macapá.
Outras legendas governistas aparecem com apenas um candidato com vantagem nas pesquisas, caso do PCdoB (Aracaju), PP (Maceió), PV (Natal) e PTB (Manaus).
O PT admite as diferenças entre os partidos da base, mas aposta na união em 2010. "Muitas legendas não têm a mesma identidade programática como o PT, PCdoB e PSB, mas espero que na sucessão estejam junto conosco", disse Rands. Carlos Ranulfo, cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), faz um alerta para a possibilidade de os partidos se separarem daqui a dois anos. São 15 legendas no total, sendo 9 grandes.
"Depende de quem vai apoiar o Lula. A base pode não ficar unida, pode se desconstituir até lá. O Lula unifica, mas nenhum outro candidato unifica esses 9 partidos", acredita Ranulfo.
Ele destaca apenas o resultado da eleição de São Paulo. Se Marta conseguir derrotar os tucanos e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato do governador José Serra (PSDB), será uma forte sinalização para a sucessão de Lula, uma vez que Serra é potencial candidato à Presidência.
Para Manoel Dias, secretário-geral do PDT, outro partido da base, há ampliação da presença das siglas menores nas eleições municipais como plataforma para a disputa presidencial.
"Estamos olhando, sim, para 2010. Por isso, saímos com cerca de 23 mil candidatos a vereadores e quase mil a prefeito.
Somando com os candidatos do PSB e do PCdoB, chegamos perto dos números do PMDB, que é o partido com maior capilaridade no Brasil", afirmou o dirigente.
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