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Politica Brasil
Terça - 23 de Setembro de 2008 às 09:42
Por: Uiara Ribeiro

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“A conduta que o Judiciário discute sobre a vida pregressa do candidato é em relação à vida pública dele. Já a conduta pessoal é importante, caso ele tenha cometido algum delito de gravidade como um homicídio, como a pedofilia. Isso tem que contar, a população tem que saber”, afirmou o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires, durante o lançamento da campanha nacional “Eleições Limpas”, ontem (21.09), em Cuiabá.

Para ele, é um aspecto positivo da democracia no processo eleitoral quando existe transparência e seja feito uma devassa na vida dos candidatos que pleiteiam um mandato público no Brasil. “Nosso salário é pago pela sociedade e devemos uma resposta a eles. A nossa preocupação é essa evitar que o eleitor seja ameaçado ou subornado para o voto de determinados candidatos”, explicou.

De acordo Mozart, o país não tem a cultura da transparência se comparado a outros países que candidatos chegam a lançar biografias sobre a vida pessoal, caso do candidato a presidente dos estados Unidos pelo partido Democrata, o senador Barack Obama. “Nós temos uma democracia juvenil, estamos completando 20 anos de uma constituição cidadã. A mudança não se dá do dia para noite, isso é um processo que tem que se consolidar no Brasil”, afirmou ele.

Para Mozart, o processo de conscientização do eleitor já se iniciou. “Queremos despertar com essa campanha a responsabilidade do eleitor para melhorar a representação política. O eleitor tem que estar consciente de que o voto dele pode mudar esse país. Para tornar o país mais transparente, mais honesto, menos corrupto e menos desigual então a justiça dará toda segurança para o eleitor exercer sua responsabilidade”, assegurou o presidente.

Segundo dados apresentados no evento, a campanha teve início em agosto desse ano, com a realização de 800 audiências públicas em quase todo o país e de lá para cá já são 1.100 audiências realizadas. Assim como 600 mil cartilhas foram confeccionadas e 3.011 manuais para os Juízes. “Nós magistrados devemos dar nossa contribuição social e participar dos grandes temas nacionais como a política”, disse ele.

O presidente assegura que questões como infidelidade partidária e conscientização do eleitor sobre o voto são passos iniciais para uma grande reforma política no Brasil. “Já estamos vendo o resultado disso. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e Roberto Magalhães (DEM- PE) já apresentaram no Senado Federal projeto contendo a reforma. “Já estamos colhendo frutos dessa campanha.Eles encaminharam recursos que negam o registro de candidatura daqueles de candidatos que fazem parte da lista suja”, argumentou.

Outros temas como inviolabilidade da urna, voto livre e consciente foram debatidos também durante o encontro de ontem.





Fonte: PnB Online

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