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Polícia Brasil
Segunda - 15 de Setembro de 2008 às 13:34

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Um homem foi preso, neste fim de semana, acusado de receptação, falsificação e lavagem de documentos públicos. Clebson Júnior Teixeira da Costa (26), proprietário de uma gráfica rápida, foi preso no bairro da Manga, em Várzea Grande.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil, a gráfica era usada para apagar dados de documentos e fazer nova impressão, tantos nos em branco quando nos papéis que sofreram lavagem química. Com isso conseguir 'esquentar' documentos e veículos, possibilitando o comércio irregular de carros alienados ou recuperados.

Documentos

A equipe de investigação cumpriu um mandado de busca e apreensão e acabou encontrando mais de 40 documentos (CHN, CRVs, CRVL, DPVAT) em branco, do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT), outros em nome de terceiros, cartões de CPF em branco e raspado, certidão de nascimento e de casamento em nome de pessoas diferentes e até um título do Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra) ainda sem preencher, entre outros papeis públicos e equipamentos.

Outras apreensões

Também foi apreendida uma caminhonete na cor preta, que será averiguada. Dentro do veículo os policiais apreenderam duas carteiras de identidade com fotos de Clebson, porém, com nomes diferentes. Havia ainda uma carteira de 'Procurador Ambiental' de uma ONG com a foto do acusado.

A descoberta

A descoberta ocorreu após a prisão de Charles Velasco Martins, em quatro de agosto, por estelionato. Com ele foram localizados dois documentos de um lote roubado da agência do Detran/MT, do Distrito Industrial, em Cuiabá.

O roubo aconteceu em cinco de junho de 2008. Na ocasião sumiram mais de mil documentos entre Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV), Certificado de Registro de Veículos (CRV) e Carteiras de Habilitações (CNH), um revólver do vigia, munições e uma CPU.

Investigações

As investigações levantaram que Charles Velasco é comparsa de Agripino Gonçalves da Silva Neto, um agenciador de veículos, de um local de venda de carros usados, no bairro Dom Aquino. Agripino tem indiciamento por receptação. "Ele é quem estaria derramando as cédulas na pedra e encaminhando clientes ao preso", disse o delegado, Anderson Veiga, que preside o inquérito.

Depoimento

Em depoimento no sábado (13.09) ao delegado, Clebson Júnior Teixeira da Costa, confirmou que os documentos apreendidos foram deixados na própria gráfica por Agripino Gonçalves e outras duas pessoas citadas nos autos, para serem comercializados.

Agripino direcionava clientes com problemas no licenciamento de carros. No inquérito em andamento, ele será indiciado novamente por receptação e petrechos para falsificação de documentos públicos.

O delegado também vai pedir a prisão preventiva dele. Clebson Júnior vai responder por receptação e petrechos para falsificação de documentos públicos. "São crimes contra a fé pública, gravíssimos que envolvem documentos públicos e há todo um clamor social", ressalta Veiga.

A polícia espera recuperar novos documentos do lote roubado.





Fonte: TVCA

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