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Meio Ambiente
Quinta - 11 de Setembro de 2008 às 12:15
Por: Maria Barbant

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O superintendente de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, major Jonas Duarte Araujo, disse nesta quinta-feira (11.09), que Mato Grosso continua fiscalizando todos os pontos de queimadas detectados pelo satélite MODIS, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no período de 15 de julho até este mês. Esta semana, equipes da Superintendência de Fiscalização estão concluindo os trabalhos nas regiões Sul do Estado e Baixada Cuiabana e, ainda este mês, estarão fiscalizando as regiões do Xingu, Araguaia, Gaúcha do Norte, Paranantinga, Nova Ubiratan, São Félix do Araguaia, União do Sul, Sinop, Cláudia, Marcelândia, Guarantã do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá.

As operações contam com o apoio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Polícia Militar. Nos últimos dias, fiscais do Sema sobrevoaram de helicóptero regiões de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Rosário Oeste.

De acordo com o assessor técnico da Superintendência de Fiscalização, Geraldo Ribatski, que estará acompanhando a operação prevista para ter início a partir do dia 22 de setembro, além das áreas de queimadas a operação vai também fiscalizar os embargos de desmatamento e queimadas.

FISCALIZAÇÃO - O superintendente de Fiscalização da Sema, major Jonas Duarte de Araújo explicou que desde de 2007, a Secretaria vem realizando operações de fiscalização em áreas de queimadas. “Somente este ano, já foram fiscalizados 180.746 hectares, com 300 autos expedidos e multas correspondentes a R$ 360.045.096,76”.

O superintendente lembra que a fiscalização continua sendo realizada na mesma proporção de antes. “Com o início do período proibitivo para as queimadas no Estado, as operações foram inclusive intensificadas e devem continuar por todo o mês de setembro. Caso o período proibitivo seja prorrogado por pelo menos mais um mês, até 15 de outubro, as fiscalizações devem ocorrer por todo esse período”, garantiu.

Para realizar o trabalho de fiscalização a Sema utiliza o sistema de monitoramento, que gera informações através de imagens de satélite. Com isso é possível identificar com precisão o avanço de uma queimada e, se essa queimada está autorizada ou não. “No caso de queimada ilegal é iniciado o procedimento para constatação de crime ambiental, conforme prevê a legislação que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”, explicou o superintendente.

Quem for pego ateando fogo está sujeito a multas que variam de R$ 1 mil até R$ 10 mil, por hectare queimado. As multas estão previstas no Decreto 6.514, de 22 de julho deste ano que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente. Durante o período proibitivo não é autorizado o uso do fogo para limpeza e manejo de áreas.

QUEIMADAS - Do início do ano até esta quarta-feira (10.09), foram registrados 27.612 focos de calor em Mato Grosso. No mesmo período do ano passado os focos eram 94.620. O maior número de queimadas se concentra justamente no período proibitivo, que começou no dia 15 de julho.

Os municípios que registraram o maior número de focos são Tapurah (1.432 focos), Nova Bandeirantes (1.300), Colniza (1.095), Luciara (830) e São Félix do Araguaia (827).

Um grande número de focos de calor também tem sido detectado em terras indígenas e assentamentos. De acordo com o relatório divulgado pela Coordenadoria de Geotecnologia da Superintendência de Monitoramento de Indicadores Ambientais da Sema, no período de 15 de julho até o último dia 09 de setembro, portanto dentro do período proibitivo, as terras indígenas Maraiwatsede (348 focos), Parabubure (340 focos), Pimentel Barbosa (331 focos) e São Marcos (197 focos) foram as campeãs em queimadas.





Fonte: Sema-MT

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