Com a ausência dos candidatos, vices tocam a campanha em Paranatinga
O atual prefeito e candidato à reeleição, Francisco Carlos Carlinhos Nascimento (PMDB), não é mais visto na cidade desde o dia 28 de agosto, quando chegou à comarca local uma ordem de prisão endereçada a ele.
Seu único adversário, Vilson Pires (PRP) está internado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera de um infarto sofrido no dia 21, pouco antes de um comício. Sem alternativa, e a um mês da disputa, a campanha de ambos vem sendo levada adiante pelos vices.
"A campanha não parou e não vai parar. Ambos somos políticos experientes. Enquanto o titular se recupera, eu faço os discursos em nome dele e meu nome também", afirma o ex-prefeito Jaime Dias Pereira Filho (DEM), candidato a vice na chapa de Pires.
Na chapa da situação, a ausência do prefeito está sendo suprida pelo candidato a vice, Rafael Dela Justina (PSDB). A reportagem tentou ouvi-lo nos números de seu celular e de casa, mas ninguém atendeu ou ligou de volta.
O presidente do diretório municipal do PMDB, Josué Schuenquener, não quis comentar. Limitou-se a dizer que o candidato titular "teve de se ausentar para fazer sua defesa".
A prisão do prefeito foi determinada pela 7ª Vara Cível de Mato Grosso do Sul, em uma ação de execução movida por terceiros contra a Elma Engenharia, empresa que venceu uma licitação para as obras de ampliação do sistema de água do município.
A Justiça concedeu a penhora dos créditos devidos à Elma, e determinou que Nascimento ficasse como fiel depositário do valor que seria repassado à empresa --cerca de R$ 612 mil. A ordem não foi cumprida e a Justiça impôs seis meses de prisão ao prefeito.
"É uma arbitrariedade. O prefeito não pode dispor de recursos públicos, em sua maioria federais, para quitar pendências entre terceiros", diz Luiz Antônio Possas de Carvalho, advogado do prefeito.
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